O Estado de São Paulo (2020-05-31)

(Antfer) #1

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B1 DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


E&N

ECONOMIA & NEGÓCIOS


Desemprego pós-pandemia deve levar


mais brasileiros a abrir próprio negócio


Na avaliação de especialistas, o rápido enfraquecimento do mercado de trabalho vai impor maiores desafios para a nova geração de


empreendedores no País; números oficiais mostram que o total de microempreendedores individuais (MEIs) já chegou a 10 milhões


kia.com.br


08007711011


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FolhadeS.Paulo­2/5/20




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Crise de empresas em seus


primeiros meses de vida


PANDEMIA DO
CORONAVÍRUS

Letícia Ginak


Abrir o próprio negócio está


entre os principais sonhos do


brasileiro. Segundo o último


relatório anual do Global En-


trepreneurship Monitor


(GEM), divulgado em 2020


com dados de 2019, empreen-


der ocupa o quarto lugar na


lista de desejos, atrás de com-


prar um carro, viajar pelo Bra-


sil e ter a casa própria. Os efei-


tos da pandemia, porém, que


atingiram em cheio os peque-


nos negócios e tiraram o tra-


balho de milhares de brasilei-


ros, prometem deixar um le-


gado de desafios para a nova


geração de empreendedores.


De 2008 a 2019, o número de


brasileiros de 18 a 64 anos que


tinham um negócio ou estavam


envolvidos na criação de um pu-


lou de 14,6 milhões para 53,4 mi-


lhões. Entre empreendedores


em estágio inicial – incluindo


startups, lado mais efervescen-


te do fenômeno, que ganhou tra-


ção com políticas de incentivo e


disciplinas de empreendedoris-


mo em cursos de graduação –, o


relatório aponta que 26,2% re-


solveram abrir um negócio por-


que os empregos são escassos,


enquanto 1,6% tomou a decisão


com o discurso de fazer a dife-


rença no mundo.


Para especialistas, o primeiro


efeito da crise, dado o aumento


do desemprego e a perspectiva


de retração da economia, se dá


na motivação do empreendedo-


rismo. Dados do GEM apontam


que, dos 55 países analisados, o


Brasil está entre os dez onde a


falta de emprego é mais levada


em conta para abrir um negó-


cio. “Empreender é relevante


tanto na euforia quanto na de-


pressão econômica. Na euforia,


muitos empreendem em fun-


ção de oportunidades. Na reces-


são, por necessidade. O desafio


é encontrar oportunidades nas


necessidades”, diz o professor


de empreendedorismo do Ins-


per Marcelo Nakagawa.


Em março e abril, foram fe-


chadas 1,1 milhão de vagas com


carteira assinada no País. Nos


dados gerais, que incluem os in-


formais, a taxa de desemprego


chegou a 12,6%, e só não foi


maior porque o desalento (pes-


soas que desistiram de buscar


ocupação) foi recorde. “Muita


gente vai optar pelo empreende-


dorismo porque o mercado de


trabalho não vai voltar comple-


tamente. Empreender vai ser


uma saída para 2021 e 2022”,


afirma Gilberto Sarfati, profes-


sor de gestão da FGV.


Segundo o superintendente


do Sebrae-SP, Wilson Poit, esse


cenário deve provocar um au-


mento significativo no número


de microempreendedores indi-


viduais (MEIs) no mundo pós-


pandemia. No último mês, eles


chegaram a 10 milhões no País.


Quem já tem o próprio negó-


cio em muitos casos tenta sobre-


viver. Nas primeiras semanas


da crise, 12% das pequenas em-


presas tinham demitido funcio-


nários e 44% paralisaram ativi-


dades, diz pesquisa do Sebrae


feita de 7 de abril a 5 de maio.


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