Quando o Sol, finalmente, nasceu, os meus
dois companheiros jaziam a meu lado, enrola-
dos em posição fetal, e eu toquei-lhes nas pernas
para confirmar que ainda estavam vivos. Quan-
do rastejei para fora da tenda, todas as tendas
estavam esmagadas e partidas e uma, que levan-
tara voo como um papagaio, voava pelos ares 150
metros acima de nós.
Olhei de relance para a
cumeada e vi um grupo de
alpinistas indianos a des-
cer em direcção ao nosso
acampamento enquanto
éramos fustigados por
outra rajada de vento. De
repente, todos desataram
aos gritos. Havia quatro
Irvine fez ajustes ao
equipamento de oxigénio
da equipa até aos seus
últimos dias na montanha,
redesenhando-o para
o tornar mais leve e
menos propenso a
fugas ou rupturas.
pessoas penduradas no rebordo de uma parede
de gelo de 300 metros. Um membro da nossa
equipa mergulhou sobre a estaca que fixava a ex-
tremidade mais próxima da corda que os segura-
va e bateu-lhe com o piolet para a fixar, enquanto
os outros usavam uma segunda corda para puxar
os alpinistas até local seguro.
“Vamos sair daqui para fora”, disse.
TIVEMOS MAIS SORTE com os drones uma semana
mais tarde. Num esforço de desenvolver acções de
busca a partir do ar na Faixa Amarela, subimos ao
Colo Norte e Ozturk lançou um drone em direcção
ao cume. Quando o vento começou a aumentar de
intensidade, durante a tarde, ele já captara 40
imagens de alta resolução da área de busca,
incluindo um plano do local proposto por Holzel.
O
GRANDE
MISTÉRIO
DO
EVERESTE
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