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2004/05 2011/12 2017/18/
78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 2000 02 04 06 08 10 12 14 16 18 2020
Março de 1981 e 83 Março de 2000, 2005 e 2012
Cerca de dois anos com escassa pluviosidade tornaram os meses
quentes de 198 1 e 198 2 num pesadelo hídrico. Em Março
de 198 3, 62% do território estava de novo nos níveis máximos.
No século XXI, multiplicam-se os episódios mais severos
de stress hídrico. No final de Março destes três anos,
mais de dois terços do país careciam de água.
e e a série de três anos, entre e .
“A diferença agora está na maior frequência destes
episódios, no facto de se prolongarem por mais de
um período húmido (o Outono e o Inverno) e seco
(a Primavera e o Verão) e pelo facto de se estenderem
a maior percentagem do território”.
O Índice PDSI analisa precisamente os três indi-
cadores nas várias classes de seca (da normal à seca
extrema, passando pela seca fraca, moderada e se-
vera). Nos anos mais secos da série iniciada em ,
do território chegou a estar em situação de seca
severa e em seca extrema (no fi nal do período
seco de ). Desde , porém, já se registaram
nove ocasiões em que mais de do território estava
em situação de seca extrema e quatro em que mais
de de Portugal continental estava em seca severa
ou moderada. “A ausência de pluviosidade, sobre-
tudo no Sul, será o novo normal no futuro”, refere
a investigadora.
A ponte romana
de Oriola, em Portel,
desaparece sempre
que as águas da
barragem do Alvito
sobem no Inverno.
Em períodos de
reduzida pluviosidade,
a ponte permanece
à vista durante mais
tempo, numa alegoria
dramática do problema
da seca.
Novembro 2019
A “fotografia” de um único
mês pode ser enganadora,
mas também revela tendências.
No final de Novembro
do ano passado, depois de
dois meses de forte pluviosidade
que se seguiram a um período
muito seco durante os anos
de 2017 e 2018, a situação
do Sul do país ainda era frágil.
FONTE: VANDA CABRINHA PIRES (IPMA), GRUPO DE TRABALHO DA SECA, RELATÓRIO DE 2019
ILUSTRAÇÃO. ANYFORMS. FOTOGRAFIA: MIGUEL PEREIRA