Clipping Banco Central (2020-08-01)

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Banco Central do Brasil


Revista Época/Nacional - Notícias
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Mansueto Almeida

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Autor: Manoel Ventura

Os dilemas de Paulo Guedes em meio à saída
de auxiliares e a decisão de colocar a agenda
liberal em segundo plano para Bolsonaro poder
gastar
A chegada do governo Bolsonaro ao poder
transformou o ministro Paulo Guedes de um
cético desconfiado em um otimista convicto.
Em dezembro do ano passado, depois de o
presidente soterrar a agenda de reformas
temendo perder apoio popular, Guedes dizia
que elas sairiam em breve, que era só questão
de timing. Veio a pandemia, dizimando as
chances de retomada econômica em 2020, e o
ministro manteve o espírito positivo: disse que
o Brasil “vai surpreender o mundo”, explicando
que a recuperação será acelerada — como a
tal curva em formato de “V” que os
economistas usam para ilustrar um repique
imediato após uma queda brusca. Aos quase
dois anos de governo, com a reforma tributária
finalmente chegando ao Congresso, Guedes
aposta nela todas as suas fichas para defender
o título de ministro reformista. Só que o
otimismo que o acompanhou nesse período
começa a vacilar. O chefe da Economia tem
confidenciado a pessoas próximas o temor de
que Jair Bolsonaro não se reeleja em 2022 — e
que a culpa recaia sobre a agenda liberal. Ele
tem citado especificamente o exemplo de
Mauricio Macri na Argentina, que aplicou
reformas a conta-gotas e não teve tempo de
surfar nos efeitos benéficos de suas medidas e
capitalizá-los em forma de popularidade.

Esse recente choque de realidade tem feito o
ministro ativar o “modo sobrevivência”, diante
de uma pressão crescente da Esplanada sobre
ele. A percepção do entorno de Guedes é que
a agenda de reformas estruturais é insuficiente
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