Clipping Banco Central (2020-08-01)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Revista Valor Setorial/Nacional - Noticias
quinta-feira, 30 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

parceria entre a Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) e o Cepea.


Em abril deste ano, já sob os efeitos da
pandemia, apontam CNA e Cepea, o PIB
avançou apenas 0,36% em relação ao mesmo
mês de 2019, na menor taxa registrada neste
ano até então. A perda de fôlego veio com a
queda de 1,08% registrada pela agroindústria.
No acumulado do primeiro quadrimestre,
registrou-se avanço de 3,78%em relação aos
primeiros quatro meses do ano passado.
Considerado a preços constantes, com base na
mesma metodologia adotada pelo IBGE, o PIB
do setor sofreu baixa de 3,44% na taxa anual
acumulada até abril, com perdas de 6,35%
para a agroindústria e de 4,46% para os
serviços.


A renda dos produtores tem sido reforçada, de
qualquer forma, por uma combinação de
produção elevada e preços domésticos
favoráveis, considera Wilson Vaz de Araújo,
diretor de crédito e informação da Secretaria de
Política Agrícola do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa), para
quem as “boas condições no mercado
internacional têm sido decisivas nos resultados
de 2020”. Na avaliação fechada em junho, o
Mapa prevê elevação de 8,8% para o valor
bruto da produção agropecuária neste ano,
estimado em RS 716,63 bilhões, o mais
elevado da série.


Segundo Allan Silveira dos Santos, da
Superintendência da Gestão da Oferta da
Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), os preços domésticos das principais
commodities agrícolas “seguiram na contramão
das cotações internacionais”, tendência
observada, entre outros produtos, para arroz,
trigo, café, soja e milho. “Isso se deu,
basicamente, pela variação de quase 40% do
dólar nos últimos 12 meses”, acrescenta ele.


A safra colhida neste ano deverá ser nova
mente recorde, aproximando-se de 251,42
milhões de toneladas, segundo levantamento
da Conab, com números históricos para a
produção de soja, milho, algodão, sorgo,
amendoim, aveia e cevada, aponta Cleverton
Santana, da Superintendência de Informações
do Agronegócio da Conab. A soja responde
pela maior fatia nesse incremento, com a
produção saindo de 115,03 milhões de
toneladas no ciclo 2018/2019 para 120,88
milhões de toneladas.

A safra pode ser ainda maior, aproximando-se
de 125 milhões de toneladas, conforme o
economista-chefe da Associação Brasileira da
Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel
Furlan - ma is alinhada com a previsão de uma
colheita ao redor de 126 milhões de toneladas
feita em julho pelo Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA, na sigla em
inglês).

Furlan relembra ainda que o mercado de soja
registra, desde 2018, um balanço muito mais
ajustado entre oferta e demanda, o que
“estimula o produtor a ampliar a produção e a
investirem tecnologia”. Além desse fator, o
crescimento da produção de biodiesel a partir
de óleo de soja tem ajudado a indústria do
setor a desenhar um novo modelo de negócios.
“O biodiesel tem importância na agregação de
valor, na substituição de importações de diesel
fóssil e na redução de emissões”, afirma.

Aliás, antevê Jacyr Costa Filho, membro do
Comitê Executivo do grupo Tereos e presidente
do Conselho Superior do Agronegócio da
Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), a pandemia devera deixar como
herança, entre outros efeitos mais duradouros,
“a maior valorização do biocombustível e da
energia renovável”. Estudo recente da Escola
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