A Bola - 20200907

(PepeLegal) #1

Segunda-feira
07 setembro
2020


Barba e cabelo Por LU ÍS A FO NSO


MEMBRO HONORÁRIO DA ORDEM DO INFANTE D. HENRIQUE


  • MEDALHA DE MÉRITO DESPORTIVO


[email protected]


V


ER jogar esta Seleção de Portu-
gal é um privilégio para os sen-
tidos. Não é apenas para o olhar,
mas para todos os sentires humanos.
Há poucas equipas assim, em que o
resultado do jogo não a aumenta, nem
a diminui. É uma raridade e, como tal,
deve ser apreciada.
Tem um futebol de perfume exóti-
co. Não deslumbra pela impetuosida-
de, pelo que é capaz de acelerar, pela
explosão ofensiva. Deslumbra porque
parece jogar, sempre, sobre um man-
to de veludo. Pela versatilidade, pelo
inesperado de cada lance, pela magia
de uma soma nunca certa de talentos.
Sem bola, é uma equipa generosa,
solidária, amiga. Com bola é o diabo à
solta. De cada único jogador é sempre
possível esperar-se um toque requin-
tado, um passe imprevisto, um drible
genial, um bailado do Bolshoi. Esta Se-
leção encanta.
E, no entanto, não nos atreveríamos
a dizer que está destinada a ganhar
tudo. Ganhará, certamente, muitas coi-
sas, mas tudo é sempre algo de mais
para quando se trata de futebol. É uma
equipa maior entre as maiores, disso
estou certo, mas não quer dizer que
seja a mais competitiva, a mais ganha-
dora, a que tem mais vontade de con-
quistas na alma. Porque é uma equipa
que sendo tão jovem ainda se diverte
muito a jogar à bola e há, nisso, um im-
posto a pagar. Por vezes, alto, sobre-
tudo quando o adversário é manho-
so, hábil, muito adulto.
Por incrível que pareça, com esta
Seleção Nacional, não troco uma vi-
tória por uma exibição. Bem sei que
não sou o treinador, nem tirarei largos
proventos de pontos e de títulos. Há,
evidentemente, na ideia, uma dose alta
de egoísmo. Um irresistível egoísmo.


A Seleção sobre


manto de veludo


Editorial
Por
VÍTOR SERPA

PSG

Leonardo é diretor desportivo do PSG

PSG ficou «excitado» com Messi


jLeonardo, diretor desportivo,
não negou conversas com o pai do
jogador do Barcelona

Leonardo, diretor desportivo do
PSG, admitiu que a hipótese de
Messi sair do Barcelona deixou os
dirigentes do PSG «excitados»,
ainda que reconhecendo que um
eventual negócio «seria compli-
cado com a atual situação financei-
ra». Mas não negou ter feito con-
tactos com o pai de Messi. «No

futebol toda a gente fala de tudo»,
disse o dirigente brasileiro ao Ca-
nal Football Club. O PSG foi apon-
tado como possível destino do
avançado argentino, embora o
Man. City fosse considerado o fa-
vorito. Messi enviou documento
ao Barcelona avisando que não iria
cumprir o último ano de contra-
to, ao abrigo de cláusula que os cu-
lés alegavam ter expirado em ju-
nho, antes de ter voltado atrás por
não querer ir para a justiça.

FRANÇA


Djokovic desqualificado


por bolada numa juíza


Tenista sérvio cai nos oitavos de final do US Open dAtirou uma bola


para trás com demasiada força! dPediu desculpa, mas de nada valeu


O


tenista sérvio Novak
Djokovic foi ontem des-
classificado do US Open
por acertar com bolada
numa juíza de linha
num momento dos oitavos de final
da competição.
Depois de sofrer o break no 11.º
jogo do primeiro set, ficando a per-
der por 5-6 com o espanhol Pablo
Carreño-Busta, o número 1 mun-
dial atirou uma bola para a linha de
fundo, de costas, e esta embateu na
garganta de juíza de linha, que
tombou com dores.
Djokovic, percebendo que ati-
rara bola com demasiada força,
prontificou-se a pedir desculpa,
em todo o caso acabaria ainda as-
sim desclassificado da prova pelo
comportamento avaliado como

agressivo e perigoso. Os juízes do
encontro reuniram-se em pleno
court, incluindo o árbitro do torneio
Soeren Friemel, e, alguns minutos
depois, o juiz de cadeira, Aurelie
Tourte, comunicou a desqualifi-
cação do jogador sérvio.
«De acordo com os regulamen-
tos do Grand Slam, e depois da sua

ação de intencionalmente atirar
uma bola de forma perigosa ou im-
prudente dentro do court sem le-
var em conta as consequências, o
árbitro do US Open desqualificou
Novak Djokovic. Djokovic perde-
rá também todos os pontos con-
quistados no US Open e será mul-
tado no total do dinheiro
arrecadado no torneio, além de
quaisquer outras multas relacio-
nadas com o incidente em si»,
anunciou a Associação de Ténis
dos Estados Unidos, declaração di-
vulgada pelas agências noticiosas,
entre as quais a Lusa.
O sérvio caiu pelo segundo ano
consecutivo na quarta ronda do
US Open, um ano depois de ter
sido afastado pelo suíço Wawrinka,
ao desistir, lesionado no ombro
esquerdo. Desta vez, o sérvio, que
tinha vencido todos os jogos em
2020, era o favorito a um quarto
triunfo na prova, depois de 2011,
2015 e 2018, até pelas ausências de
Federer e Nadal.

Por
MIGUEL CARDOSO PEREIRA

TÉNIS


SETH WENIG/AP

A juíza de linha e o tenista Djokovic

BENFICA


Andrés Sanchez


arrasa Vieira


Andrés Sanchez, presidente do
Corinthians, voltou ontem a criticar
duramente Luís Filipe Vieira e fez
reparos ao comportamento do
presidente do Benfica durante as
negociações por Pedrinho. «Esse cara
pensa que tem o rei na barriga, esse
filho da mãe», acusou Sanchez, em
entrevista à rádio FoxSports Brasil. A
venda de Pedrinho, que acabou por ser
renegociada de €20 M para €18 M
está na origem das palavras: «Fizemos
um acordo de vender o Pedrinho por
20 milhões e eu tinha de comprar o
Yony por três. A venda do Pedrinho é
uma coisa, a compra do Yony outra.
Ficou acertado que íamos comprar. Ele
tinha de dar uma carta ao Corinthians
para termos acesso a antecipação da
venda nos bancos. A uma certa altura,
vimos no contrato que ele fez e nós
aceitámos que o Yony tinha de fazer
cinco jogos para efetuarmos a compra.
Com a pandemia, o Yony só tinha feito
quatro jogos. Enviei um email para ele,
em português com certeza, para ele
entender que, se ele não desse essa
carta, íamos devolver o Yony. Foi o
que aconteceu. Ele não deu a carta,
nós devolvemos o Yony. Ficou
nervoso, deu-lhe uns ataques e quis
descontar do Pedrinho os três
milhões. Não aceitei. Quando falámos
do Pedrinho, a oferta era de 15 a 18
milhões, e como íamos pagar três pelo
Yony, ele queria pagar 17. Não
acertámos. Depois teve um acordo,
ele pagou 18 milhões pelo Pedrinho.
Foi essa a negociação. Mas ele tratou
muito mal o Corinthians, faltou-me ao
respeito, mas faz parte. Ele pensa que
é o presidente do planeta, mas ele é
simplesmente o presidente do
Benfica.»

jPresidente do Corinthians vol-
tou a criticar líder das águias
pela renegociação de Pedrinho
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