LUIZ NOVAES
(PSB)
MARCELO LAJES
(PRTB)
MAX LEMOS
(PSDB)
PROFESSORA LECI
(PSOL)
ROBSON PAZ
(REDE)
ROGÉRIO LISBOA
(PP)
ROSANGELA GOMES
(REPUBLICANOS)
Aos 80 anos, 70 deles
vividos em Nova Iguaçu,
Luiz Novaes já foi de-
putado estadual e pre-
sidente da Companhia
de Desenvolvimento de
Nova Iguaçu (Codeni).
Já disputou a Prefeitu-
ra de Nova Iguaçu em
1996 e, em 2006, foi
candidato a governador
do Estado do Rio de
Janeiro pelo PSDC.
Vereador eleito em 2016
que faz oposição ao
atual prefeito Rogério
Lisboa. O policial militar
reformado Marcelo
Lajes, 44, é nascido
e criado na cidade.
Inicialmente, ele seria
candidato a vice-prefei-
to ao lado de Cornélio
Ribeiro, candidato a
prefeito que desistiu de
concorrer às eleições.
Deputado estadual,
Max foi vereador e
prefeito duas vezes
em Queimados. Teve
problemas ao se filiar
recentemente ao PSDB,
com apoio do gover-
nador de São Paulo. O
MDB, antigo partido de
Max, reclama na Justiça
a perda de mandato de
deputado por infideli-
dade partidária.
Pedagoga e professo-
ra, Leci Carvalho, 49, é
formada em História da
África e atua como pro-
fessora da rede pública
de ensino. A candidata
é ativista da Educação,
do combate à discrimi-
nação racial e militante
feminista. Disputou elei-
ções como vereadora em
2016 e como deputada
federal em 2018.
Formado em Ciências
Biológicas, Robson
Silva de Sousa é um
brigadista de carreira da
Petrobras. Morador da
Estrada Luiz de Lemos,
no bairro Nova América,
sua candidatura foi con-
firmada em convenção
há uma semana. Esta
é a primeira vez que
Robson se candidata a
algum cargo político.
O atual prefeito vai
tentar a reeleição, mas
enfrenta problemas
na Justiça: ele tenta
reverter sua cassação e
a consequente inele-
gibilidade. Rogério foi
eleito por três vezes ve-
reador de Nova Iguaçu.
Foi deputado federal
e estadual. Em 2016
foi eleito prefeito no
segundo turno.
Deputada federal pela
segunda vez, Rosangela
já foi vereadora por três
mandatos e deputada
estadual por um man-
dato. Em 2004 foi ree-
leita como a vereadora
mais votada da Baixada
Fluminense e em 2000
foi a única mulher a ele-
ger-se em Nova Iguaçu.
Em 2016 foi candidata à
prefeita da cidade.
RAIO X
FERNANDA DIAS
cípio. Somente 5,8% das crianças
de 0 a 3 anos estão matriculadas na
rede pública. Outra preocupação é a
média de empregos: 11,9 por 100 ha-
bitantes. A maioria das pessoas que
vivem na Baixada Fluminense, cujos
municípios são considerados “cida-
des dormitórios”, trabalha no Rio.
de Social 2020’, elaborado recente-
mente pela Casa Fluminense, com
dados fornecidos pelas prefeituras,
a cidade possui aproximadamente
seis leitos hospitalares disponíveis
por 10 mil habitantes.
Ainda segundo o ‘Mapa da Desi-
gualdade’, faltam creches no muni-
Até o básico está em falta em NI
Moradores de Nova Iguaçu ainda sofrem com descasos como esgoto a céu aberto, ruas sem asfalto e carência de leitos de saúde
U
ma das maiores e mais im-
portantes cidades da Bai-
xada Fluminense, Nova
Iguaçu vai trazer grandes
desafios para quem assumir a pre-
feitura da cidade em 2021, ou reas-
sumir, no caso do prefeito Rogério
Lisboa, candidato à reeleição.
Um dos problemas que mais afe-
tam o município é a falta de sanea-
mento. Cerca de 85% da população
ainda não tem esgoto coletado e
tratado. É fácil andar pelos bairros
e encontrar ruas com valas e esgoto
a céu aberto. Outro cenário mui-
to comum são as ruas sem asfalto
por toda a cidade, obrigando mo-
radores a conviver entre a lama e
a poeira.
Na saúde, mais uma preocupa-
ção: o Hospital Geral de Nova Igua-
çu, mais conhecido como Hospital
da Posse, enfrenta a sobrecarga,
principalmente por ser um hospi-
tal que atende pacientes vindos de
quase toda a Baixada.
Segundo o ‘Mapa da Desigualda-
População:
823.302 habitantes
(IBGE 2020)
Densidade
demográfica:
1.527,60 habitantes
por Km² (IBGE)
Atividades
econômicas:
As principais fontes
de arrecadação do
município são o
comércio e os serviços,
possuindo um dos
centros comerciais mais
importantes do estado.
A indústria na cidade,
nos ramos alimentício,
de siderurgia e
cosméticos, também
tem grande relevância
econômica.
Eleitores:
586.985 (TRE)
Onde não tem barro e poeira, tem lama: cenário comum em Nova Iguaçu
BERRIEL
(PT)
CARLOS AUGUSTO
(PSD)
DOUTOR LETINHO
(PSC)
Líder sindical, ex-ve-
reador e ex-secretário
municipal de Assistên-
cia, Promoção Social e
Prevenção da Violên-
cia, Sebastião Wagner
Berriel será o candi-
dato do PT na corrida
eleitoral pela Prefei-
tura de Nova Iguaçu.
Berriel é graduado em
História e morador de
Nova Iguaçu, onde já
foi vereador e secretá-
rio municipal.
O deputado esta-
dual Delegado Carlos
Augusto entrou para a
política em 2016 como
candidato à Prefeitura
de Nova Iguaçu. Che-
gou a ser cotado para
concorrer como vice na
tentativa de reeleição
de Rogério Lisboa. O
delegado ingressou na
Polícia Civil em 2002
e foi comentarista de
segurança pública do
jornal SBT Rio.
Welington Guimarães,
mais conhecido como Dr.
Letinho, é advogado e se
filiou ao PSC no apagar
das luzes do prazo para
se candidatar. Foi procu-
rador-geral do Previni, o
Instituto de Previdência
dos Servidores de Nova
Iguaçu. Nos bastidores
políticos comenta-se que
ele poderá ser o candida-
to do ex-prefeito Bornier.
ALINE CAVALCANTE
[email protected]
Cristiane Brasil continua presa
Decisão foi do presidente do TJ-RJ. Defesa entrou com pedido de relaxamento e conversão da preventiva
REPRODUÇÃO DE VÍDEO
Cristiane Brasil gravou vídeos antes de se entregar. Pedro Fernandes, com covid-19, está preso em casa
O
presidente do Tri-
bunal de Justiça do
Estado do Rio de
Janeiro, desembar-
gador Claudio de Mello Tava-
res, indeferiu ontem os pedi-
dos de relaxamento, revoga-
ção, substituição e conversão
da prisão preventiva da ex-
deputada federal e pré-can-
didata à prefeitura do Rio,
Cristiane Brasil Francisco,
do PTB. Ele determinou ain-
da o cumprimento imediato
da ordem do ministro Joel
Ilan Paciornik no sentido de
redistribuição da ação penal
inicial e conclusão ao desem-
bargador do Órgão Especial,
que será sorteado hoje para
analisar o caso.
Cristiane Brasil é filha do
também ex-deputado federal
Roberto Jefferson, nacional-
mente conhecido após sua
participação no escândalo
de corrupção do mensalão, e
hoje é aliado político do pre-
sidente Jair Bolsonaro.
A ex-deputada federal foi
presa, preventivamente, no
dia 11 deste mês por suposta-
mente participar de um esque-
ma de desvios de até R$ 120
milhões no governo do estado
do Rio de Janeiro e na prefei-
tura da capital.
Conforme notícia veicula-
da no portal UOL, Cristiane é
apontada pelo MP-RJ como
uma “fada madrinha” de em-
presa beneficiada em licita-
ções manipuladas. De acordo
com denúncia, ela possuía
contato estreito com Flávio
Chadud, que é dono da Ser-
vilog Rio. Se valendo de in-
fluência política, ela e o atual
secretário estadual de Educa-
ção, Pedro Fernandes (PSC),
teriam implementado um es-
quema criminoso entre 2013 e
2018, acusam os promotores.
PROBLEMAS DE SAÚDE
No recurso apresentado, a de-
fesa de Cristiane Brasil afir-
mou que ela está em acompa-
nhamento psiquiátrico desde
fevereiro de 2018, foi diagnos-
ticada com “transtorno misto
depressivo ansioso” e usa dia-
riamente três medicamentos.
Além disso, os advogados de-
clararam que a prisão teria ca-
ráter político porque ela é pré-
candidata à prefeitura do Rio.
Os advogados pediram,
com base nessas alegações,
o relaxamento da prisão, e,
sucessivamente, a revogação
da prisão preventiva, a subs-
tituição de sua prisão em me-
didas cautelares, a conversão
em prisão domiciliar ou mo-
nitoramento eletrônico.
EMPREITADA
N (^) Para decidir pela manu-
tenção da prisão preventiva
o desembargador Claudio
de Mello Tavares observou:
“Apura-se que há robusto pa-
norama probatório superfi-
cial de que a paciente exerceu
pressão política para auferir
rendimentos dos contratos
cartelizados, e valeu-se da
sua condição de detentora
de cargo de secretariado de
município e deputada fede-
ral para garantir o sucesso da
empreitada criminosa”.
Ele declarou ainda que
“a custódia cautelar se
mostra imprescindível para
garantia da ordem pública
e conveniência da instru-
ção criminal. (...) Some-se
a isso, os indicativos que
apontam para o grau de
estabilidade da organiza-
ção criminosa e do caráter
em série da quantidade de
delitos supostamente pra-
ticados”. O fato de Cristiane
Brasil ser primária não ga-
rante a revogação da prisão.
Provas são
robustas
4 RIO DE JANEIRO SEGUNDA-FEIRA, 21. 9. 2020 I O DIA