lumwa, hupanwu, hpu kawu. o costume dos outros chingpaw correspon·
de, sob outras formas, à mesma regra de aliança, segundo a qual a mu-
lher da familia do irmão da mãe é o cônjuge prescrito"." Não estamos
pois em presença de um sistema, limitado em extensão e solidificado na
fórmula. Clãs - se realmente é disso que se trata -, e em todo caso
linhagens, familias e casas são unidos por um sistema complexo de alian-
ças matrimoniais, em que só a fórmula geral - a troca. generalizada -
representa o caráter fundamental e constante."
O sistema Katchin levanta problemas, mas numa direção comple-
tamente diferente. Por um duplo ponto de vista apresenta caracteres
contraditórios, ou mais exatamente singulares antinomias, que sem dú-
vida são mais que curiosidades. Desejariamos examlná·las agora e tentar
extrair a significação que possuem.
- Wehrll, p. 26-27.
- [Este parágrafo, reproduzido sem alteração da primeira edição, refuta as acu-
sações de Leach de que eu teria confundido o modelo de 5 "clãs" com a situação
empírica (Leach, 1961, p. 80, 88), Na realidade, a distinção sempre foi feita, e
Leach, tal como eu, limitou-se a endossar as análises dos antigos autores. Não es-
tou, pois, inteiramente de acordo com Sal1sbl,lry (American Anthropologist, vol. 59,
nn. 1-2) quando reduz a divergência entre Leach e mim ao uso quer de um modelo
mecfmico quer de um modelo ·estaUstico. Numa sociedade como a dos katchins, o
modelo do casamento é manifestamente sempre mectmico. Somente quando se con·
sidera o número das unidades intercamblantes e B· permanência dos vinculos que
as unem é que se faz necessário passar ao modelo estatístico, como Leach e nós
próprios fizemos, seguindo o exemplo de nossos predecessores].
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