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tsai-tsung
tsu
pia0
nei
wai
que segue uma segunda vez (terceira linhagem colateral);
clã, tribo (quarta linhagem colateral e além);
fora, externo (descendência da irmã do pai, do irmão da
mãe e da irmã da mãe);
interior, interno; mulher (descendência do irmão da mu-
lher e dos primos paternos do irmão da mulher);
fora (qualificativos recíprocos entre parentes da mãe e
filhos da filha).
Os termos elementares e os determinantes uma· vez dados, basta
compô-los entre si para definir com plena exatidão e precisão desejáveis
qualquer grau de parentesco. Os termos elementares fornecem uma es-
trutura fundamental, exceto para os termos que se referem aos pais e
aos filhos, e ao marido e à mulher, que são utilizados para indicar o
sexo (fu ~ mu, tzü, nü; et tu:t: ,tu 1i' hsi, hsü).' Os determinantes
da colateralidade e da descendência são colocados como prefixos do
termo elementar, os determinantes do sexo são colocados como sufixos.
A escolha do termo elementar é feita primeiramente em função da ge-
ração, e em seguida em função da descendência_
Fêng dá o exemplo da formação do termo que designa "o filho da
filha do filho da irmã do pai do pai", caso difícil, porque implica a
mudança da descendência da linha feminina para a linha masculina, com
ulterior retorno à linha feminina. Do ponto de vista da geração, o indi-
víduo designado pertence à geração do filho. Logo, o termo elementar
não pode ser senão chih ou wai shêng. Mas, como a relação mais prÓxima
com o SUjeito é estabelecida por intermédio de uma mulher da mesma
geração, chih deve ser eliminado, e o único termo possível que resta é
wai shêng. Por outro lado, a relação expressa é consangüinea, embora
não clãnica, e a descendência é feita partindO da irmã do pai do pai,
equiparável à irmã do pai. É preciso, pois, acrescentar os determinantes
ku e pia0. Finalmente, o determinante t'ang indica que se trata da ter-
ceira linhagem colateral externa e, portanto, em definitivo, o termo com-
pleto é: t'ang ku pia0 wai shêng. Caso se tratasse de um indivíduo do
sexo feminino seria preciso acrescentar nü; tratando-se de uma mulher
aliada pelo casamento, tu em lugar de nü, e de um homem aliado por
casamento, hsü em lugar de tu.' O leitor poderá consultar Fêng' e
Kroeber para encontrar ilustrações detalhadas do mesmo princípio.
Conforme se vê, é difícil definir o sistema chinês com relação à
tipologia tradicional. Já Morgan hesitava entre as formas por ele de-
signadas como "malásia" e "turanlana".· Kroeber julga que o sistema
chinês resulta da combinação entre um sistema "classificatório" e um
sistema "descritivo", que teria sido posteriormente sobreposto ao pri-
meiro. Fêng, finalmente, proclama a Originalidade do sistema. "É pre-
ciso compreendê-lo à luz de seus próprios princípíos morfológicos e de
- A. L. Kroeber, p. 151-152 e 155. Fêng, p. 168-170.
- Fêng, p. 151, n. 23; Kroeber, p. 153.
6. Fêng, p.151-153. - Idem, p. 153-154.
- L. H. Morgan, Systems of Consanguinity and Affinity of the Human Famlly.
Smithsonian Contributions to Knowledge. n. 218, Washington 1871, p. 431.
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