28 ESTATÍSTICA DESCRITIVA
o desvio-padrão se expressa na mesma unidade da variável, sendo, por isso, de maior
interesse que a variância nas aplicações práticas. Além disso, ele é mais realístico para
efeito da comparação de dispersões.
Relação empírica entre desvio-padrão e amplitude
Na quase totalidade dos casos práticos, o desvio-padrão supera um sexto da amplitude e é
inferior a um terço da amplitude, isto é,
R R
-<S<-. (2.15)
6 3
Essa relação é útil até mesmo para a verificação de erros grosseiros no cálculo do
desvio-padrão. Nesse exemplo resolvido, temos
R=71-41=30;l1^1 l s=✓46,17 =6,79; R =~=4 4·
s 6,79 - ' '
e está verificada a relação empírica.
O coeficiente de variação (cv)
O coeficiente de variação é definido como o quociente entre o desvio-padrão e a média,
sendo freqüentemente expresso em porcentagem:
Sx
cv(x)=7. (2.16)
Sua vantagem é caracterizar a dispersão dos dados em termos relativos a seu valor
médio. Assim, uma pequena dispersão absoluta pode ser, na verdade, considerável quando
comparada com a ordem de grandeza dos valores da variável e vice-versa. Quando consi-
deramos o coeficiente de variação, enganos de interpretação desse tipo são evitados.
Além disso, por ser adimensional, o coeficiente de variação fornece uma maneira de se
compararem as dispersões de variáveis cujas unidades são irredutíveis. No exemplo visto,
Sx 6,79
cv(x) =7 = 54 , 5 = O, 125 = 12,5%.
2.3.4 Exercícios de aplicação
Calcule as medidas de dispersão acima vistas para os exercícios anteriormente propostos.
6
2.3.5 Momentos de uma distribuição de freqüências*
Definimos o momento de ordem t de um conjunto de dados como
(2.1 7)
[^111 Notar que a amplitude das classes constituídas é 35. Sempre se verifica uma diferença entre os dois
valores.