MÔNICA BERGAMO
Banco Central do Brasil
Folha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
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Autor: MÔNICA BERGAMO , Bruno B. Soraggi, Bianka
VieiraeVictoria Azevedo
ALERTA GERAL
A possibilidade de a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) retardar o registro da Coronavac, a
vacina chinesa que será produzida no Brasil pelo
Instituto Butatan, já mobiliza governadores, que
estudam alternativas caso isso ocorra.
alerta 2
Uma delas seria aprovar, no Congresso Nacional, uma
lei que permitisse a compra do imunizante mesmo sem
o registro nacional mas desde que ele fosse aprovado
pela agência equivalente de algum outro país ou região
com tradição científica, como EUA, União Europeia,
Japão ou apropria China. A Coronavac ainda está em
testes.
história
A iniciativa seria inspirada em artigo da Lei 13.979,
aprovada em fevereiro para que o país enfrentasse a
Covid-19. Ele prevê a aquisição excepcional e
temporária de medicamentos, equipamentos, materiais
e insumos na área de saúde sem registro da Anvisa.
história 2
Pela regra, o produto a ser adquirido em caráter
emergencial tem que ser aprovado por uma das
seguintes agências: FDA, dos EUA, European Medicine
Agency, da União Europeia, Pharmaceuticals and
Medicai Devices Angency, do Japão, ou National
Medicai Products Administration, da China.
caminhos
"Compramos respiradores dessa forma", relembra o
governador do Maranhão, Flávio Dino. "Se fair
Bolsonaro mantiver sua xenofobia sanitária, influindo na
Anvisa, podemos resolver isso com base na Lei 13.979",
afirma o deputado Federal Alexandre Padilha (PT-SP),
que já foi ministro da Saúde.
de olho
E senadores devem criar uma comissão externa para
acompanhar os trabalhos da Anvisa em relação ao
registro de vacinas contra a Covid-19.
de olho 2
A desconfiança em relação à agência surgiu depois que
Bolsonaro passou a atacar a Coronavac, dizendo que
ela é "a vacina chinesa do [governador de SP, João]
Doria longe de mim A militância bolsonarista abriu
guerra contra a vacina contra a Covid-19 - e o apoio a
imunizantes nas redes sociais caiu de 70% para 26%
entre os dias 12 e 19 de outubro.
longe 2
A militância bolsonarista conseguiu elevar o número de
postagens e representou 62% das manifestações