Clipping Banco Central (2020-10-22)

Pronampe terá terceira fase, mas com juros mais altos

Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Banco Central - Perfil 1 - Selic

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: MANOEL VENTURA

O governo vai lançar a terceira fase do Pronampe, linha
de crédito focada em micro e pequenas empresas, com
mudanças em relação às duas primeiras etapas. Os
juros devem ser maiores, mas ainda competitivos em
comparação com as linhas regulares oferecidas no
mercado.

O secretário de Produtividade, Emprego e
Competitividade do Ministério da Economia, Carlos
da Costa, disse ontem que o programa deve se tornar
permanente: - O Pronampe será um programa
permanente disse Costa.

Como O GLOBO informou, o governo deve aportar mais
R$ 10 bilhões no programa, mas com mudanças
significativas em relação às fases anteriores. Hoje, o
programa garante até 100% das operações desde que
todos os empréstimos feitos pela instituição não tenham
uma taxa de inadimplência maior que 85%.

NOVOS PRAZOS E CARÊNCIA

Com isso, as instituições não têm concedido muito mais

do que o valor da garantia, inicialmente de R$ 15,9

bilhões e atualmente de R$ 27,9 bilhões, com o objetivo

de manter a operação com risco muito baixo.

Agora, essa taxa de inadimplência vai cair para 25%.

Além disso, a chamada "alavancagem", ou seja, o valor

concedido pelos bancos além da garantia do governo,

será de quatro vezes. Assim, um aporte de R$ 10

bilhões pode fazer com que os bancos concedam mais

R$ 40 bilhões.

As consequências dessa mudança serão taxas de juros

mais altas. Atualmente, a taxa é de Selic (que está em

2% ) mais 1,25% ao ano. O prazo de pagamento hoje é

de 36 meses, com carência de oito meses para começar

a pagar condições que também devem ser alteradas. A

nova taxa, no entanto, não ultrapassará um dígito,

garantiu Costa.

Os recursos para a terceira fase do Pronampe virão da

linha de financiamento da folha de pagamento, que não

teve tanto sucesso entre os empresários. Dos R$ 34

bilhões alocados em abril, apenas R$ 5,4 bilhões foram

concedidos até o fim de setembro.

Já o Pronampe emprestou R$ 15,9 bilhões no primeiro

mês e somava R$ 31,5 bilhões agora em outubro.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -

Selic, Banco Central - Perfil 1 - Carlos da Costa, Banco

Central - Perfil 1 - Ministério da Economia