Banco Central do Brasil
Correio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
restante do rebanho do comprador.
No caso da vacina contra o coronavírus, que na sua
opinião não deve ser obrigatória, o presidente Jair
Bolsonaro não leva em conta o dano que pode ser
causado voluntariamente por uma pessoa infectada, ao
contaminar as outras, por se recusar a tomar a vacina.
O governo também pode ser responsabilizado por não
utilizar uma vacina disponível. Apesar disso, cancelou o
acordo feito entre o Ministério da Saúde e o Instituto
Butantã, do governo de São Paulo, para a compra de 46
milhões de doses da vacina da Sinovac, que serão
produzidas por aquela consagrada instituição científica,
em parceria com o laboratório chinês, com previsão
para estar pronta para imunização já em dezembro.
Anulou o protocolo assinado pelo ministro da Saúde,
general Eduardo Pazuello, com todos os governadores,
para aquisição e aplicação da vacina, com o argumento
absurdo de que o "povo brasileiro não será cobaia" da
"vacina chinesa do João Doria", o governador tucano de
São Paulo. Alguém precisa avisar ao presidente que
isso pode gerar uma enxurrada de pedidos de
indenização por "dano direto e imediato" e caracterizar
um "crime de responsabilidade".
"Bolsonaro não leva em conta que uma pessoa
infectada, por se recusar a tomar a vacina, pode
contaminar as outras, com consequências irreparáveis"
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas