Clipping Banco Central (2020-10-22)

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Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: por Denise Rothenburg
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Militares vacinados, mas incomodadosO clima entre o
presidente Jair Bolsonaro e os militares ficou ruim por
causa das críticas públicas do presidente da República
ao ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. A
situação já não estava das melhores desde a
exoneração do porta-voz, general Rego Barros. Agora,
chegou a ponto de outro general, Hamilton Mourão,
vice-presidente da República, recomendar inclusive ao
presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, que
mantivesse a reunião com o governador de São Paulo,
João Doria, visto por Bolsonaro como maior adversário
político do governo. O constrangimento ao qual Pazuello
terminou exposto foi considerado desnecessário.


Os militares já se acostumaram aos rompantes de
Bolsonaro. A relação tem, na avaliação de alguns, mais
altos do que baixos, mas colocar briga política na
produção de vacina não dá. Bolsonaro não pode
desautorizar ministro diante de qualquer irracionalidade


de seus apoiadores nas redes sociais.

Rodrigo e o gesto pró-BolsonaroO cancelamento do
encontro de Rodrigo Maia (DEM-RJ) com Doria, justo no
dia em que Bolsonaro provocou mais um embate com o
tucano, foi bem recebido no Planalto. A indisposição do
presidente da Câmara, que passou a noite em claro por
causa de uma virose da filha, terminou lida no governo
como "uma boa desculpa para não receber o
governador".

Ministério na rodaAliados do presidente da Câmara
estão entre os que pressionam pela divisão do
Ministério da Economia, para destinação de alguns
cargos de primeiro escalão aos partidos. Nesse sentido,
o nome de Rodrigo encabeça a lista daqueles cotados
para assumir o Ministério do Planejamento.

Discurso já temA perspectiva de Rodrigo virar ministro é
vista, inclusive, como uma forma de ele ter um espaço
para consolidar a posição em favor da responsabilidade
fiscal. O presidente da Câmara é um dos que mais
defendem o teto de gastos, numa fala muito afinada
com a do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Holofotes na AnvisaO receio dos governadores agora é
que, diante da recusa de Bolsonaro em assinar o
protocolo com o Instituto Butantan para a aquisição da
CoronaVac, o governo federal acabe atrasando o
registro dessa vacina por razões políticas. Daí, a corrida
ao Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, não foi
apenas a manifestação nas redes sociais que levaram
Bolsonaro a agir. Tem, ainda, a proximidade com o
governo dos Estados Unidos e a vontade do presidente
de não dividir qualquer palanque com Doria.

CURTIDAS

Fiel da balança, mas nem tanto/ Depois da sabatina, é
essa a função que os senadores atribuem ao novo
ministro do STF, Kassio Nunes Marques, mas não como
Celso de Mello. Na Segunda Turma, a aposta é a de
que Kassio se juntará aos "garantistas" Gilmar Mendes
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