Clipping Banco Central (2020-10-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Opinião
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

consciente e libertadora. O grande requisito é a
retomada do diálogo, entendido como sólida base do
humanismo que desaparece das sociedades. Há que
ser recuperado como a mais virtuosa forma de interação
pessoal. O termo diálogo é de origem grega,
incorporado ao latim. Inclui as partes: diá, que significa
%u201Cpor meio de%u201D, e logo, que se traduz por
%u201Cpalavra%u201D. Como bem definiu a escritora
Dad Squarisi, %u201Cé o reconhecimento por meio da
palavra%u201D.


Portanto, o diálogo não requer apenas a troca de
palavras entre as pessoas, mas, a capacidade de
compreensão exercida com toda a lucidez, equilíbrio,
paz e serenidade. São os componentes indispensáveis
às reflexões imediatas sobre pensamentos emitidos
verbalmente pelos interlocutores. É o caminho seguro a
ser percorrido pelas novas gerações com o objetivo de
superar as tragédias que obscurecem o horizonte da
sociedade humana.


Para tanto, é fundamental demonstrar que a retomada
do altruísmo não pode mais ser postergada. Sua
energia afetiva, respeitosa e fraterna é insubstituível
para a humanização da espécie, cuja riqueza mental
seja capaz de superar o poder da arma, que se
fundamenta unicamente na violência.


Na verdade, sem diálogo não há educação e sem
educação não há diálogo. Por isso, uma revolução
pacífica há de ser projetada para iluminar a rota
construtiva que a humanidade merece percorrer. As
evidências científicas provam que o melhor caminho é a
educação qualificada e igualitária na primeira infância.
Trata-se da faixa etária com o mais alto potencial
cognitivo, que decorre da formação adequada do
cérebro. Assim, priorizar a educação da infância
contribui para construir a personalidade de um futuro
cidadão que saiba valorizar o diálogo.


Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas

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