Clipping Banco Central (2020-10-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

uma tomada de decisão de toda a sociedade. Falo do
episódio da Coronavac, vacina a ser produzida em
parceria do Instituto Butantan com a empresa chinesa
Sinovac, em que ele humilhou o Ministério da Saúde,
que havia anunciado a compra da vacina, com o infeliz
"já mandei cancelar". O desenrolar de tão estúpida
decisão pode provocar muito mais mortes do que as já
contabilizadas. Portanto, é crime, melhor, são vários
crimes. Misturar saúde pública com política (é o caso) e
com ideologia (ultrapassada) é crime de lesa-pátria. Um
país que tem 1,4 bilhão de habitantes não sabe cuidar
da saúde da sua população? Só em mentes
deformadas.


SÉRGIO BARBOSA
[email protected] BATATAIS


Vacina paulista


Prestes a comemorar 120 anos de existência, parece-
me absurdo ignorar o Instituto Butantan no processo de
criação da vacina anticovid-19. As referências
específicas à vacina como exclusivamente chinesa
ignoram toda a história de um dos mais importantes
institutos de pesquisas do País.


EUCLYDES ROCCO JR.
[email protected] SÃO PAULO


Nazismo


O tifo epidêmico grassou em sociedades em colapso
durante a 2.a Guerra Mundial. Antes disso, Napoleão
Bonaparte perdeu 20% de sua tropa para o "general
tifo", apelido dado à doença pelo líder militar francês.
Mesmo com o desenvolvimento da vacina contra o tifo
pelo biólogo polonês Rudolf Weigl, na década de 1920,
os nazistas resistiram à imunização, Hitler alegava
tratar-se de ciência judaica que envenenaria o puro
sangue ariano ... Qualquer semelhança com o Brasil
atual não é mera coincidência.


TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO
[email protected] BELO
HORIZONTE


Indicado ao STF

Sabatina no Senado

Assisti pela televisão a parte da sabatina do candidato
ao Supremo Tribunal, o desembargador Kassio
Marques. Tergiversou ao responder a algumas
perguntas que entendo da máxima importância. E
deixou-me a pior das impressões porque não foi
categórico ao enunciar suas posições. Destaco as
perguntas sobre "garantismo", prisão em segunda
instância e Lava Jato vitais para um Brasil minimamente
civilizado, onde a lei valha para todos, incluindo os
endinheirados compradores de consciências.
Estendendo-se em citar sua obediência às leis, choveu
no molhado, pois o que nos interessa é a interpretação
das leis em estrita coerência com os possíveis efeitos
antissociais oriundos de interpretações, a meu ver,
míopes, que nos custaram a liberdade de criminosos,
como observamos recentemente - e isso passa longe do
garantismo penal. Omitiu-se quanto à prisão após
condenação em segunda instância, passando a bola
para o Congresso. Mas há um ano foi o STF que
impediu a prisão em segunda instância, o que permitiu a
liberdade de corruptos e criminosos perigosos, ao
validar uma jabuticaba - inciso LVII do artigo 5.0 da
Constituição - que demole o caput, cláusula pétrea:
"Todos são iguais perante a lei". Logo, criminosos ricos
jamais irão para a cadeia. Finalmente, nem mencionou
a Lava Jato, limitando-se a enfatizar a importância da
investigação. Sinal inequívoco de que sua indicação,
aliada à de Augusto Aras, veio para acabar com a
prisão de poderosos e comparsas responsáveis pelo
roubo de dinheiro público.

ANTONIO CARLOS GOMES DAS SILVA
[email protected] SÃO PAULO

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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