Exame - Portugal - Edição 439 (2020-11)

(Antfer) #1
Somos péssimos
a executar.
O nosso modelo
de execução
tem muitas
debilidades,
e isso tem de
ser contornado
porque esta
crise vai
obrigar a uma
execução rápida

António Ramalho
Presidente do Novo Banco

jetos que estão já aprovados e
previstos. O problema, realça,
é que a execução orçamental
do investimento público era
inferior a 50%, até agosto, es-
tando abaixo do verificado no
mesmo período do ano ante-
rior. “Anuncia-se muita coisa.
Não anunciem, façam”, reco-
menda o professor do ISEG,
que refere também que as
medidas de apoio para fazer
face aos efeitos da Covid-
custaram €1,9 mil milhões
para todo o nosso território.
Compara esse montante com
os €1,2 mil milhões para a
TAP, considerando que “isso
não é normal nem aceitável”.
Apesar de mostrar ceti-
cismo sobre a aposta no con-
sumo privado, João Duque
sugere que uma das formas
de se alcançarem melhores

resultados seria direcionar
o rendimento ou a despesa
das famílias para o consumo
de bens e serviços que pu-
xassem mais pela economia.
Outra resposta seria apoiar o
investimento com “a coragem
de discriminar entre seto-
res, porque nem todos têm o
mesmo problema”. A priori-
dade, defende o economista,
seriam os “pequenos investi-
mentos que possam arrancar
já, em vez de se começarem
com grandes obras que pre-
cisam de imenso tempo para
planear”.
No meio das dificulda-
des, uma luz de otimismo: a
resiliência e a capacidade de
reinvenção dos empresários
portugueses que podem ser-
vir de amortecedor a tama-
nha crise. E

É preciso dizer como vamos
chegar lá”.
As opções que têm vindo
a ser seguidas para a recupe-
ração podem não ser as mais
eficazes, avisa João Duque. O
investigador e professor cate-
drático do ISEG admite que
pode parecer atrativo “olhar
para o consumo privado e
meter dinheiro nas mãos das
famílias para dinamizarem a
economia portuguesa”. Po-
rém, realça que se se centra
“as atenções para estimu-
lar o consumo privado e se
este fica confinado a esta es-
tratégia, isso não vai dar em
nada”. Seria quase como “dar
doces a diabéticos”.
A prioridade, segundo
João Duque, teria de passar
pelo investimento, especial-
mente pela execução de pro-

O que podemos fazer por si?


Há muito a fazer na área dos cuidados de saúde e,
no que se refere à COVID-19, estamos empenhados
em aperfeiçoar o nosso conhecimento e experiência
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real no nosso quotidiano.

Actualmente, os nossos cientistas e engenheiros de
renome internacional estão a trabalhar com vários
parceiros à escala mundial para conceber uma
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terapias.

Questionamo-nos diariamente sobre, o que
podemos fazer por si? E, enquanto trabalhamos
juntos no combate a esta pandemia global,
nunca deixaremos de inovar para um mundo
mais saudável, NEVER STOP.

Saiba como
o fazemos

NUNCA DEIXAREMOS DE INOVAR


PARA UM MUNDO MAIS SAUDÁVEL

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