VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA NÚMERO 5

(MARINA MARINO) #1
Entãoocavalomudouderumo

eelesadentraramuma floresta, com


árvores muito altas, centenárias.


Savannah olhava paracima, como se


procurasse alguma coisa, como se


reconhecesseolocal.


Ocavaloparounabeiradeum

riacho, a jovem também queria se


refrescar. Foi quando percebeu que


estava sendo observada. Porentre a


vegetação, ela podia ver um ser de


olhos amendoados e orelhas


pontiagudas. Ela o reconheceu, era


umelfo,efeliz,correuemsuadireção.


Vendo que a moça se aproximava, o


serfugiuentreasárvores,mostrando


apenasosexóticoscabelosverdes.


Ouviu-se perfeitamente o

tilintardeumsino,umsino quenão


fazia parte do sonho, o sino do


acampamento, chamando todos para


ocafédamanhã.Savannahlevantou-


sedepressaesearrumou.


Teriamuitotrabalhoparafazer

duranteodia,masànoite,elavoltaria


para a caixa de música, queria


descobrirqualosegredoqueoobjeto


continha. Para que estava sendo


chamada,afinal?


Os dias passaram depressa, os
doentes foram sendo tratados e as
novas situações para resolver, que
apareciamdia apósdia, fizeram com
queSavannahseesquecessedacaixa
de música, guardada no baú que
ficavaaopédacama.
Aofinaldosquinzedias,muitas
altas tinham sido dadas, muitos
pacientesjáhaviamvoltadoparacasa
totalmente curados; outros levaram
remédios, recomendações
alimentares e o complexo nutritivo
preparado pela jovem médica, para
fortalecerosmaisfracos.
Naúltimanoite,oacampamento
jáestavabemvazio.Pelamanhã,bem
cedo, sairia o caminhão levando os
últimos pacientes e suas famílias,
assimcomooveículodaONGlevaria
osmédicosdevoltaàCidadedoCabo,
onderesidem.
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