Continua...
As despedidas são sempre
emocionantes para todos, apesar da
seriedade com que os jovens médicos
demonstraramportodootempoqueali
estiveram,jáestavammais relaxadose
entregaram-se à música em volta da
fogueira, onde cantaram e dançaram
músicasafricanas.
Ao voltar ao seu aposento,
Savannah começou a arrumar suas
coisasparaoregressoe,aoabrirobaú,
avistou a caixade músicaque seuavô
haviamandado.
Sentou-se numa cadeira de
balançoqueficavanumcantodoquarto
edeixouamúsicatocar.
“Para o quê estou sendo
chamada?”, pensava ela. “O que esta
caixaquermelembrar?”
Savannah sentiu um aperto no
coração, respirou fundo e pegou um
copo de água. Uma cena inesperada
apareceu no fundo do copo. Ela via
cinco mulheres,deroupas esvoaçantes
dançando em volta de uma fogueira
acesa,entrepedrasmuitoaltas.
A música da caixa embalava a
dança que era seguida por seres
encantados, que voavam emtorno das
dançarinas. Foi quando Savannah
recordou do ser que viu na floresta e
soubequeeletambémestavaali.
“Quelugaréesse?Parecequejáo
viantes,masonde?Seráemalgumlivro
da biblioteca do vovô?, pensava ela,
revirandosuamemória,buscandoentre
lembranças,rebobinandoofilmedesua
vida.
- Eu vivi esta cena– recordou a
médica–souumadessasmulheres.
Umabuzina avisouque era hora
da partida. Savannah colocou o
caderninho decapaverdejunto coma
caixa de música, embrulhou ambos
numa echarpe e colocou em sua
mochila. As coisasmais preciosas que
levava desta aventura estavam juntas,
aquecidas e protegidas, porque ainda
teriam muito acontar para a moça, e
partiu.