questão de
estilo
Homônimos nas
versões, hatches
diferem no
comportamento
E
mbora a sigla RS tenha dife-
rentes traduções no mundo
automotivo – em inglês, Racing
Sport, Rally Sport; em alemão,
RennSport e para a Renault, Renault
Sport –, seu uso é sempre o mesmo:
identificar versões esportivas. Da
mesma forma que o significado não
é rígido, cada fabricante emprega o
termo como lhe convém, com doses
diferentes de esportividade. Aqui,
nos deparamos com as duas acep-
ções possíveis para um RS, com pro-
dutos um bocado distintos, mas de
olho em você (e no seu bolso), que
quer um hatch mais esportivo e es-
tiloso que os demais.
O recém-lançado Chevrolet Onix
RS traz a receita de bolo conhecida,
com algumas firulas visuais, ainda
que o resultado ao vivo seja muito
agradável. A versão chegou depois
de muita especulação e flagras que
alvoroçaram quem esperava por um
Onix verdadeiramente mais espor-
tivo. Os entusiastas, no entanto, le-
varam um balde de água fria quando
o modelo foi lançado como versão
intermediária e, principalmente,
com o mesmo motor 1.0 turbo de
116 cv que equipa as demais versões.
O que nem chega a ser um grande
problema, e evitou que a Chevrolet
criasse mais um unicórnio como
o VW Polo GTS (ótimo conjunto,
mas bem mais caro). A saída que
parecia óbvia era instalar o 1.2 tur-
bo de 133 cv doTracker, mas isso
demandaria mudanças mais pro-
fundas em suspensão, freios e di-
reção, além da adaptação do cofre
do hatch ao motor maior, o que en-
careceria demais o simpático Onix.
Já a Renault seguiu mais à risca a
cartilha e pediu à divisão francesa
Renault Sport (R.S.) que criasse uma
versão especial do Sandero. E o re-
sultado não poderia ter saído mais
ao gosto de quem procura um autên-
tico “hot-hatch”, à moda antiga. E é
aí que mora a grande diferença entre
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