Viaje Mais - Edição 188 (2017-01)

(Antfer) #1

seguir por ela. É a rua dos artistas,
com uma sequência de ateliês lado
a lado, onde não resisti, e você tam-
bém não resistirá, a espiar pelas
frestas das portas os pintores em
frente a seus cavaletes.
É por ali também a feira de ar-
tesanato El Parián, que ocupa três
quarteirões. As barracas vendem
ponchos, mezcal(aguardente me-
xicana feita com agave e que se bebe
como a tequila, mas com laranja e
sal) e a cerâmica colorida e pintada
à mão conhecida como talavera,
feita na região há 450 anos. Em Pa-
rián, um prato de talavera custa em


média R$ 70, mas, se quiser uma
de qualidade mesmo, que os en-
tendidos em cerâmica reconhecem
só pelo brilho, vá preparado pois
alguns vasos chegam a custar R$
13 mil. Há várias lojas na Avenida
18 Poniente e diversas fábricas de
cerâmica talavera espalhadas pelo
centro histórico.

PUEBLA RENOVADA
Puebla poderia ser dividida nas
fases antes e pós-2016, tamanha
a renovação que a cidade viveu no
ano. Na parte antiga de Puebla,
foi inaugurada, em abril, uma cu-
riosa atração: túneis dos séculos

17, 18 e 19 que faziam a comuni-
cação subterrânea entre as quase
70 igrejas da cidade. O poblano
Francisco conta que os tais túneis
eram considerados lenda na cida-
de: “Meu avô dizia que embaixo
da terra existiam muitos túneis es-
condidos, mas a gente não acredi-
tava. Achávamos que era só histó-
ria”, lembra. As escavações come-
çaram em novembro de 2015, e
hoje sabe-se de cerca de 4 km des-
ses labirintos ocultos sob as ruas
da cidade. Até o momento, um tre-
cho de 50 metros pode ser visitado
pelos turistas.
Outra atração essencial, inau-
gurada em fevereiro de 2016, é o

A fachada do novo Museu
Internacional do Barroco; abaixo,
a réplica de um teatro do período
barroco do século 17

FOTOS

: NATÁLIA

MANCZYK

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