Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

Capítulo 11 Delineamentos alternativos para o


ensaio clínico e tópicos relacionados à


implementação



  1. O principal objetivo de um ensaio clínico de fase I é determinar se o
    tratamento é suficientemente seguro e bem tolerado para permitir que
    ensaios clínicos posteriores encontrem a melhor dose e testem sua
    efetividade. Um ensaio clínico de fase I arrolaria homens com alopecia
    masculina e usaria uma ou mais potenciais doses do tratamento
    (escalonando a dose apenas se a dose anterior não causasse efeitos
    colaterais), com o desfecho principal sendo a ocorrência de eventos
    adversos, como rash cutâneo. Não haveria grupo-controle.
    2a. O valor da comparação entre finasterida e HairStat depende, em
    grande parte, da força dos dados para sustentar o uso da finasterida
    como padrão de cuidados para o tratamento da alopecia masculina. Se
    esses dados não forem muito fortes, ou se a finasterida não for
    comumente usada na prática clínica, seria melhor comparar o HairStat
    com placebo. Um ensaio clínico controlado por placebo forneceria
    evidências claras de que o HairStat é melhor que placebo. Seria
    razoável comparar o HairStat com finasterida se a finasterida for
    considerada o padrão de cuidados para a alopecia masculina e se
    houver ensaios clínicos randomizados de boa qualidade documentando
    a eficácia da finasterida. Nesse caso, os investigadores devem primeiro
    decidir se consideram o HairStat mais efetivo do que a finasterida. Se
    for assim, um estudo de comparação ativa seria a melhor escolha para
    comparar HairStat com finasterida. Se os investigadores considerarem
    que o HairStat é tão bom quanto a finasterida, mas é muito mais
    barato, eles devem considerar um estudo de não inferioridade. Nesse
    caso, eles devem ter cuidado para utilizar um delineamento que seja
    muito semelhante àquele usado para documentar a eficácia da
    finasterida (critérios de inclusão, dose, duração do tratamento,
    medidas de desfecho) e devem conduzir o estudo para garantir uma
    quantidade mínima de falta de adesão e perda de seguimento. Um
    grande problema dos estudos de não inferioridade é que o tamanho da
    amostra deve ser muito maior do que aquele necessário para um

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