Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

pacientes com metástase cerebral solitária, os sujeitos foram seguidos para desfechos de morte ou
internação em instituições de longa permanência de idosos.
Desvio-padrão. Medida da variância (dispersão) de uma variável contínua. Por exemplo, o
investigador relatou que a idade média na coorte de 450 homens era de 59 anos, com um desvio padrão
de 10 anos.
Dicionário de dados. Tabela ou planilha que inclui informações sobre cada uma das variáveis em um
estudo, incluindo seu nome e tipo (p. ex., numérica, ou de texto), a definição de cada valor e a faixa
permitida de valores. Por exemplo, o investigador consultou o dicionário de dados porque havia
esquecido que o número “5” no campo “raça” era usado para indicar Indígena Norte-Americano ou
Nativo do Alasca.
Diferença de riscos. Risco de um desfecho em um grupo menos o risco em um grupo de comparação.
Por exemplo, se o risco de eventos tromboembólicos em mulheres usuárias atuais de estrogênio for de
5/1000 (0,5%) e o risco naquelas que nunca usaram estrogênio for de 2/1000 (0,2%), a diferença de
riscos em mulheres usando estrogênio quando comparadas às não usuárias é de 3/1000 (0,3%). Ver
também número necessário tratar.
Dose-resposta. O fenômeno segundo o qual quanto maior a exposição (dose), maior é a magnitude ou
probabilidade do desfecho (resposta). (Se uma exposição for protetora, então, quanto maior a
exposição, menor a probabilidade do desfecho.) Por exemplo, um estudo relatou uma relação dose-
resposta entre exposição solar e número de nevos melanocíticos; outro estudo relatou uma relação dose-
resposta entre número de nevos e risco de melanoma.
Efeito-causa. Situação na qual um desfecho causa o preditor, e não o contrário. Por exemplo, embora
um estudo de caso-controle tenha observado que a exposição a broncodilatadores inalatórios estava
associada a um risco aumentado de doença intersticial pulmonar, a explicação mais provável era efeito-
causa, uma vez que os pacientes com doença intersticial pulmonar tinham maior probabilidade de terem
sido tratados (erroneamente) com inaladores. Ver também causa-efeito.
Efeito-sumário. Em uma metanálise, é o efeito médio ponderado baseado nos estudos incluídos; a
fórmula para os pesos depende do modelo utilizado. Por exemplo, em uma metanálise de ensaios
clínicos randomizados sobre o efeito de um inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA) sobre
a mortalidade em pacientes com doença coronariana, o efeito-sumário com o modelo de efeitos fixos
foi o risco relativo médio ponderado, sendo utilizado como peso o inverso da variância do risco relativo
em cada um dos estudos incluídos. Ver também modelo de efeitos fixos e modelo de efeitos aleatórios.
Efetividade. Embora não haja definição-padrão para esse termo, costuma-se defini-lo como uma
medida de quão bem uma intervenção funciona na prática real, em oposição a quão bem ela funcionou
em um ensaio clínico randomizado. Por exemplo, como ensaios clínicos mostraram que o ativador do
plasminogênio tecidual (tPA) reduzia a morbimortalidade por acidente vascular encefálico em diversos
ensaios clínicos realizados em regiões urbanas, um grupo de investigadores estudou sua efetividade em
25 serviços de emergência de áreas rurais. Ver também eficácia.
Eficácia. Embora não haja definição-padrão para esse termo, costuma-se defini-lo como uma medida
de quão bem uma intervenção funcionou em um ensaio clínico, em oposição a como funcionaria na
prática real. Por exemplo, um ensaio clínico mostrou que o ativador do plasminogênio tecidual (tPA)
tinha uma eficácia de 25% na redução da morbimortalidade em pacientes com acidente vascular
encefálico. Ver também efetividade.
Ensaio clínico de fase I. Ensaio clínico inicial, geralmente não cego e não controlado, testando doses
crescentes de um novo tratamento em um número pequeno de voluntários humanos para avaliar sua
segurança. Por exemplo, um ensaio clínico de fase I sobre um novo medicamento para tratamento de

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