Delineando a pesquisa clínica 4a Ed

(AlbertoBarroso) #1

um investigador realizou um ensaio clínico para avaliar se o tratamento profilático com penicilina
reduzia o risco de endocardite bacteriana em pacientes com valvulopatias que eram submetidos a
procedimentos dentários.
Epidemiologia. Ciência de determinar a frequência e os determinantes de doenças ou outros desfechos
de saúde em populações. Por exemplo, um estudo investigou a epidemiologia da violência por armas de
fogo em áreas de periferia.
Epidemiologista. Um médico, fortemente marcado pela idade e pelo sexo. Por exemplo, um dos
autores deste livro (mas não será dito qual deles!)
Equipolência. Situação na qual não se sabe qual de duas possibilidades tem maior probabilidade de ser
verdadeira (p. ex., o medicamento X é melhor do que o placebo, ou o medicamento X é pior do que o
placebo). Portanto, é considerado ético comparar o medicamento X com o placebo em um ensaio
clínico randomizado. Por exemplo, um grupo de investigadores acreditava que havia equipolência
clínica em um ensaio clínico, pois não se sabia se um novo tratamento proposto para o câncer de
esôfago iria resultar em desfechos melhores do que o cuidado-padrão atual.
Erro aleatório. Ocorre quando uma medida ou estimativa diverge do valor verdadeiro devido à
variação ao acaso. O erro aleatório pode ser reduzido repetindo as aferições e aumentando o tamanho
de amostra. Por exemplo, se a prevalência verdadeira do uso de óleo de peixe por pessoas com doença
coronariana na população for de 20%, um estudo que arrola cem participantes poderia encontrar uma
proporção de exatamente 20% de consumo de óleo de peixe, mas, simplesmente devido ao erro
aleatório, é mais provável que essa proporção seja um pouco maior ou um pouco menor do que esse
valor.
Erro de aferição (ou de medição). Situação na qual a precisão ou acurácia (ou ambas) de uma aferição
são menos do que perfeitas; assim, a maioria das variáveis tem pelo menos um pouco de erro de
aferição (com exceção, talvez, do óbito). Por exemplo, para reduzir o erro de aferição, um investigador
utilizou um peso de 2 kg de aço inoxidável para calibrar a balança infantil semanalmente.
Erro de classificação. Erro de aferição para uma variável categórica no qual sujeitos com um valor da
variável são contados (classificados erroneamente) como tendo outro valor. Por exemplo,
investigadores estavam preocupados que devido à incompletude dos registros médicos, alguns sujeitos
que sofreram uma queda durante sua hospitalização tinham sido classificados erroneamente como não
tendo sofrido a queda. Ver também erro de classificação diferencial e erro de classificação não
diferencial.
Erro sistemático. Ver viés.
Erro tipo I. Erro no qual uma hipótese nula que é verdadeira na população é rejeitada devido a um
resultado estatisticamente significativo em um estudo. Por exemplo, um erro tipo I ocorre se um estudo
sobre os efeitos do caroteno alimentar sobre o risco de desenvolver câncer de colo do intestino (com um
alfa estipulado em 0,05) concluir que o caroteno reduz o risco de câncer de cólon (P < 0,05) quando na
verdade não há associação. Ver também resultado falso-positivo.
Erro tipo II. Erro no qual uma hipótese nula que é falsa na população não é rejeitada por um estudo
(isto é, P > alfa). Por exemplo, ocorre um erro tipo II se um estudo deixa de rejeitar a hipótese nula de
que o caroteno não tem efeito sobre o risco de câncer de colo do intestino (P > 0,05) quando na verdade
o caroteno reduz o risco de câncer de colo do intestino. Ver também resultado falso-negativo.
Erro-padrão da média. Estimativa da precisão da média de uma variável contínua em uma amostra;
depende do desvio padrão e (da raiz quadrada) do tamanho da amostra. Por exemplo, o investigador
relatou que a idade média na coorte de 450 homens era de 59 anos, com um erro padrão de 0,48 anos.

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