Newsletter Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Investidor
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

“não é possível garantir” que a cobertura das vacinas
contra a Covid-19 permitirá uma normalização da
economia no segundo semestre deste ano, como vinha
sendo esperado pelo mercado. “O balanço do Fed
continuará tendo o tamanho que for necessário”, disse
ele, indicando que o BC americano não vai desistir de
comprar títulos e manter os juros perto de zero,
inundando o mercado com liquidez.


Suas declarações estão perfeitamente alinhadas com as
de sua antecessora, a economista Janet Yellen, ex-
presidente do Fed e atual Secretária do Tesouro do
governo Biden. No domingo (07), em uma entrevista à
CNN americana, ela afirmou que “com apoio fiscal
suficiente” (leia-se mais gastos), a economia americana
pode voltar ao pleno emprego já em 2022.


FIM DA CRISE?


O manancial de dinheiro que vem sendo injetado na
economia global pelos maiores bancos centrais já
provocou esse efeito nos preços dos ativos. O
comportamento das cotações é tediosamente parecido.
Índices de ações, metais preciosos, commodities
agrícolas e minérios não só voltaram, como superaram
os níveis anteriores à pandemia (observe o quadro). Em
alguns casos, como o do minério de ferro, a alta foi de
quase 74% de 31 de dezembro de 2019 (dia da primeira
notícia sobre o coronavírus em Wuhan, na China) e a
terça-feira (9). Os índices acionários batem recordes,
assim como os preços do milho e da soja. As exceções
foram o petróleo, cujos preço caíram devido ao aumento
da produção em tempos de retração da demanda, e o
Ibovespa, devido à incerteza com relação à solvência
das contas públicas.


No Brasil, o impacto mais notável é nos preços dos
imóveis novos. Apesar da grande quantidade de
lançamentos, a queda dos juros tem estimulado
investidores a resgatar dinheiro das aplicações
financeiras e comprar lançamentos em profusão. Não


por acaso, os resultados das incorporadoras no quarto
trimestre prometem ser pujantes.

Fenômenos como esse se repetem em vários países e
setores, o que levou dois importantes bancos de
investimento americanos, o Goldman Sachs e o Jeffrey
Group, a publicar relatórios no início da semana
advertindo para os efeitos colaterais reflação. Com
muito dinheiro na economia, os investidores poderão
passar a exigir remunerações maiores para comprar
títulos do governo e ações de empresas, temendo que a
alta das cotações dos ativos financeiros e das
commodities contamine os preços do dia a dia. Ou seja,
que a reflação torne-se inflação, apesar de o
desemprego ainda estar elevado tanto nos países
desenvolvidos quanto nos nem tanto.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
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Central - Perfil 1 - Federal Reserve, Banco Central -
Perfil 1 - Janet Yellen, Banco Central - Perfil 2 - deflação
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