58 VIAJEMAIS
O
apelo do cinema e do tapete
vermelho, por onde desfilam
atrizes internacionais, fez Cannes
parecer, aos olhos do mundo, um
universo inacessível para os simples
mortais. Não é bem assim. Tudo
bem que, todos os anos, durante o
célebre festival de cinema, o esno-
bismo é tanto que ninguém por ali
dá a mínima para as Ferraris que
passeiam pela La Croisette, a ave-
nida mais famosa da cidade e prin-
cipal endereço dos hotéis de luxo
e das lojas de grife. Mas qualquer
pessoa pode subir as escadas ata-
petadas do Palais des Festivals, e
com a mesma pose da sua estrela
de cinema favorita. O lugar é aberto
a visitação e ostoursguiados ainda
levam até o palco e a Allée des Étoi-
les du Cinema, a versão francesa
da Calçada da Fama de Los Angeles,
onde personalidades da sétima arte
deixaram suas mãos e assinatura
impressas no cimento.
Além disso, qualquer traço de
ostentação de Cannes desaparece
quando se sobe a ladeira Saint An-
toine, que leva ao centro histórico,
o bairro conhecido por Le Suquet,
erguido a partir do século 11, ou
seja, muito antes da chegada à ci-
dade dos mordomos engalanados.
Entre as ruelas de le Suquet, há óti-
mos cafés para curtir a atmosfera
medieval, bem diferente do restante
da cidade. O melhor é a vista lá do
alto, com a baía, o porto e a vila de
Antibes ao fundo.
Para os brasileiros é sempre in-
teressante saber que a Rue Meyna-
dier é a rua de compras mais feste-
jada de Cannes e compõe, junto
com a Rue d’Antibes, uma grande
Luz, câmera... Cannes
Cannes é célebre pelo festival de
cinema, mas também dá praia;
abaixo, a fachada do luxuoso
Carlton Intercontinental