Exame Informática (Junho 2020)

(NONE2021) #1
nota final

A


ALTOS
E BAIXOS

EDIÇÃO 300

96

+

+







3
PC, PS4 (testado)

s gerações mais recentes não deverão
ter a perceção do forte impacto que o
filme Predador teve em 1987 quando foi
lançado. Nós, confessamos, fizemos
parte dos miúdos que ficaram rendidos à obra em
que Arnold Schwarzenegger vai com os camaradas
para a selva combater um solitário assassino alie-
nígena. Esta criatura acabou por popularizar-se e
dar origem a vários outros filmes, nenhum deles
com o mesmo impacto do original. Estávamos,
portanto, particularmente curiosos em
ver o que a IllFonic fez, desta vez, com
Predator e queríamos usar a minigun
Old Painless que Jesse Ventura tinha
no filme. Descrito como um “shooter
assimétrico”, este jogo permite jogar
tanto na pele do alienígena e caçar hu-
manos como encarnar um dos quatro
membros de um esquadrão de mercenários que têm
de completar missões enquanto tentam sobreviver
aos ataques do Predador e até eliminá-lo. Refira-se
que este é um título online, pelo que que se jogar
numa PS4 terá de ter uma subscrição PlayStation
Plus. Saliente-se ainda que é possível fazer cross-
play entre a consola e um PC.
Isto traz-nos imediatamente a dois aspetos posi-
tivos de Hunting Grounds. O primeiro é que a Partida
Privada em que jogamos com amigos que convidá-
mos é o modo mais divertido de nos entretermos
com este título. O segundo é que encarnar o papel

de Predador é bem mais interessante. É que o modo
esquadrão não acrescenta nada em relação a expe-
riências que já tivemos noutros títulos, enquanto
jogarmos como o alienígena permite-nos explorar
armas como o canhão de plasma, a lança extensível
ou o disco inteligente, por exemplo. A isto juntam-se
características diferenciadoras, como a camufla-
gem que o tornam praticamente invisível (embora
consuma energia, pelo que há que fazer uma gestão
adequada) e a capacidade de fazer parkour nas
árvores, ou seja, subir, correr e saltar
nas árvores a grande velocidade.
Contudo, como este é um título jo-
gado online, sempre que quisemos jo-
gar com o Predador tivemos tempos de
espera superiores a seis minutos, o que
é um valor desmotivador. Se jogarmos
como um dos mercenários, um minuto
deverá ser suficiente para o emparelhamento.
Mas as missões enquanto esquadrão tornam-se
repetitivas, apesar do sistema de upgrades dis-
ponibilizado em que, consoante os resultados que
obtemos nas partidas, vamos ganhando pontos
que podem ser usados para adquirir itens para
melhorar e personalizar os nossos bonecos. Além
disso, excetuando a personagem do Predador, os
gráficos são pobres precisamente naquilo onde
deveriam ser mais fortes: no ambiente de selva,
com a vegetação a não apresentar o realismo ou
grau de detalhe que esperávamos. Paulo Matos

CAÇAR OU SER CAÇADO


Um multiplayer assimétrico online com algumas boas ideias
quando jogamos no papel de Predador, mas que, no global, desaponta

Inevitável pensar
na mítica frase
“Get to the
choppa” quando
vamos para
o helicóptero

Cobrir o corpo
com lama
para esconder
a temperatura
do sensor
do Predador –
sujo e eficaz

Jogar em
esquadrão
torna o Predador
uma personagem
demasiado
secundária

A IA é um
bocado básica

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