tenha seu próprio desdobramento, este estaria sendo um e o
mesmo com o Absoluto, cuja característica fundamental é
justamente a não interferência, dado que sua emanação é
perfeita. Em outras palavras: todo aquele que interfere, no
que quer que seja, deixa de viver o Absoluto que
necessariamente ele é.
A INDESCRITÍVEL ARTE DA RESPIRAÇÃO
Existe uma consciência que não se autodetermina, não se
auto-delibera, não se auto-realiza, não se encontra separada
do acontecendo, consciência essa que em verdade é uma não
consciência em termos de ação/reação. É com base nessa
consciência que se vincula a respiração aqui abordada,
consciência essa que nada tem a ver com a consciência
conhecida, também chamada de comum ou ordinária.
Portanto, esta respiração não comporta qualquer agente
externo a ela mesma, do tipo aquele que diz "respire, respire
fundo", por exemplo.
De todas as maravilhas possíveis de acontecer no que
concerne à respiração, quando não lhe incide qualquer
interferência, a mais impressionante, ainda maior do que
ressoar com a própria respiração, é quando a respiração passa
a se reduzir indo claramente para o seu desaparecimento.
Neste esvair da respiração, é evidente que a ideia que logo
aparece é que dali não se „escapa‟, caso não se tome qualquer
providência, o que certamente a consciência ordinária faria.
Na década de 90, em um certo período, tal esvaimento de