respiração me ocorreu com bastante frequência, tão logo
deitava-me para dormir. Então, em menos de minuto, ainda
sem sono algum, eis que surgia um definhar muito rápido da
respiração, e isso era como a maior das dádivas, pois era um
super teste para a não interferência. No limite do fôlego,
como se diria, eis que surgia uma força imensa,
incomensurável, como que dominando tempo e espaço,
vindo como que para me levar. Naquele momento tudo era
pleno de escuridão e som indecifrável. Ali havia absoluta
certeza que aquela ida daria num vazio total e que seria sem
retorno. De minha parte havia um único temor que seria
fazer qualquer coisa que interrompesse a perspectiva daquela
viagem, conduzida por força e som tão indescritivelmente
deslumbrantes.
Isso foi dito apenas para testemunhar que a não interferência
no Instante Presente é capaz de permitir até o mais incrível e
favorável acontecimento que jamais poderíamos imaginar.
Bem, é dessa consciência nua, desse Instante Presente, dessa
liberdade irrestrita (incluindo a respiração, com certeza), que
os intervenientes têm falado tão magnificamente.
EM VERDADE, SOMOS O REAL
É célebre o dizer que somos o que pensamos. Diria ainda que
isso se refere à vida como "teatro".
Também poderíamos dizer que somos tudo aquilo com que
nos preocupamos, nos apegamos, nos enredamos.