Diria ainda que esta incrível fala do OMA, fez-me lembrar de
um famoso sacerdote brasileiro, que veio a ser excomungado
pela igreja romana, onde ele profetizava um fim de mundo,
que seria precedido por disputas eleitorais das mais
exacerbadas em mentiras e contradições.
KRISHNAMURTI E A QUESTÃO DO ATRAVESSAR
Até meus 30 anos, tal foi meu ceticismo e irreverência no
tocante à espiritualidade de religião, que precisei ter meu
encontro ao estilo "Estrada de Damasco" (*).
Resultou deste meu "encontro" que eu teria que conhecer
muito mais daquilo que eu tanto contestava, e que na verdade
eu quase nada sabia.
Foi nessa incumbência de me aprofundar no conhecimento
espiritualista de religiões e correlatos, que encontrei os
ensinamentos de Krishnamurti. Isso ocorreu já ao final
daquela jornada designada, e foi suficiente para concluí-la.
Krishnamurti, o nosso interveniente Irmão K, foi um amante
da natureza, como não poderia ser diferente. Falou muito
dos cumes nevados e do pôr do sol, por exemplo. Dizia que
diante de inebriante beleza, o "eu" nunca poderia estar.
Para Krishnamurti, diante de cenários de tanto
encantamento, devia ser evitado dizer qualquer coisa,
mesmo de admiração, pois aí o "eu" já estaria. Era como se
ele estivesse recomendando o simples atravessar, o que
implica na ausência de manifestação pessoal.