O mais expressivo ensinamento de Krishnamurti, foi o estado
meditativo (**), que nada tinha a ver com meditação como se
conhece, mas que hoje poderíamos chamar de estado natural.
Para ele, a pessoa era o muro, o que chamamos de véu, que
sempre estaria impedindo este estado, que é o fluir, o que
chamamos de atravessar, da própria Vida.
(*) Alusão ao ocorrido com Paulo de Tarso, quando este foi à
"caça" de Ananias e encontrou o Cristo pelo caminho.
(**) Esse ensinamento foi o pico da minha ressonância com
Krishnamurti. "K", como ele preferia ser chamado, de tão
marcante no meu processo, continuou bastante presente nos
meus sonhos, que não eram bem sonhos, durante muitos anos.
REALIDADE VIRTUAL VERSUS
VERDADEIRA REALIDADE
Quando nossos sentimentos, conhecimentos, interesses,
crenças e valores, estiverem presentes em relação ao
que quer que seja, certamente que aí não se pode esperar mais
do que uma relação alheia e externa ao fato, onde o resultado
pode ser qualquer coisa, menos ressoar com o fato, que é algo
que requer o desaparecimento da ideia de separação. Nesse
modus operandi, tem-se a Realidade Virtual, caracterizada
pelo aspecto aparente da forma, que se soma às
idiossincrasias do observador. Aqui, o outro será sempre o
outro, não pelo que é, mas pelo que se supõe que seja.
Quando ocorre a ausência da Realidade Virtual, que é uma
filtragem meramente teórica e fictícia, tem-se a presença da