Revista 3ª edição

(Anita Santana) #1
A coragem de ser
imperfeita

Acordo disposta a mais uma
escrita. Disposta não é bem o
termo, na verdade acredito que
seja um desentalar. Não tem
sido fáceis os dias que se
passam, e a dificuldade de pôr
para fora a intensidade e
mesclagem de sentimentos
bons e ruins me fez dá aquela
velha travada, não por
dificuldades de escrever sobre
uma fase ruim, mas sobre uma
tal necessidade que ainda tenho
(luto veementemente em busca
do contrário) de tentar escrever
coisas que possam agradar
quem leia. Entretanto, desde
anteontem venho me
debruçando sobre Brené
Brown, em um de seus livros A
Coragem de ser Imperfeito, e já
nas primeiras páginas ela me
instigou a botar para fora os
engodos da vida. Não posso
esperar a aceitação de minha
arte, foi isso que ela me disse!
Ela fala sobre vulnerabilidade,
vencer a vergonha e ousar ser
quem você é. Pois bem, vou
tentando...


Segundo a autora, são doze as
categorias de vergonhas
femininas que surgem em suas
pesquisas: Aparência e imagem
corporal; Dinheiro e trabalho;
Maternidade; Família; Criação
de filhos; Saúde mental e
física; Vícios; Sexo; Velhice;
Religião; Traumas; Estigmas
ou rótulo. E já nessa pequena
lista, e que me soa gigantesca,
pois me caibo inteiramente aí,
me pego chorando apenas por
lê-la. Brown afirma
categoricamente que os dois
principais tópicos que detonam
a vulnerabilidade feminina são,
de cara, os primeiros, e eu, já
me sentindo mais comum, me
enxergo ali, dentro dos dois
também, não que quase todos
os outros também não façam
parte da minha completude.
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