Clipping Banco Central (2021-03-13)

(Antfer) #1

Editorial Econômico - Recuperação do comércio perde vigor em 2021


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 13 de março de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Nestes tempos em que milhões de famílias convivem
com incertezas sobre como estarão vivendo nos
próximos meses e outras centenas de milhares
lamentam a perda de um ou mais de seus integrantes
para a covid-19, seria bom que o ministro da Economia,
Paulo Guedes, estivesse certo ao afirmar que "a
economia está de novo decolando".


Segundo Guedes, a economia está se recuperando na
mesma velocidade com que caiu nos meses iniciais da
pandemia. Se fosse assim, haveria pelos menos
esperanças de que, em breve, boa parte das difíceis
condições em que vive a população estaria superada.
As estatísticas, no entanto, sugerem prudência, quando
não alimentam pessimismo.


As mais recentes, sobre o comércio varejista, sinalizam
que o crescimento observado no segundo semestre do
ano passado está se enfraquecendo. Arrefecimento do
ímpeto de consumo, perda de fôlego da demanda são
expressões utilizadas por analistas do mercado
financeiro para explicar a queda de 0,2% do volume de
vendas do comércio varejista nacional, na comparação
com dezembro. A redução é mostrada pela Pesquisa


Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).

Janeiro é, normalmente, um mês de retração nas
vendas, que costumam se concentrar nos últimos
meses do ano, e no qual o orçamento das famílias é
mais pressionado por despesas típicas do período,
como tributos e material escolar. Mas as vendas de
janeiro deste ano estão abaixo também das de janeiro
de 2020. São menores que as de fevereiro do ano
passado, isto é, antes da pandemia.

Quando se considera o varejo ampliado, que computa
também as vendas de veículos, motos, autopeças e
material de construção, os resultados são ainda mais
fracos. A queda em relação a dezembro foi de 2,1% e,
no acumulado de 12 meses, de 2,9%.

Não são animadoras as projeções para os próximos
meses, pois os fatores identificados como
determinantes para o desempenho em janeiro
permanecem. O recrudescimento da pandemia, que
elevou dramaticamente a média diária de mortes pela
covid-19 e exigiu medidas ainda mais duras de restrição
à circulação, é um deles. Outro é a persistência de altas
taxas de desemprego. E um terceiro, a suspensão do
pagamento do auxílio emergencial, que ainda não tem
data para ser solucionado.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil 1 - Paulo
Guedes
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