Banco Central do Brasil
Revista Isto É Dinheiro/Nacional - Entrevistas
sexta-feira, 12 de março de 2021
Banco Central - Perfil 3 - Reforma Tributária
tivermos um regime tributário mais enxuto e mais
inteligível. Até para que a gente possa explicar melhor
— e fazer mais negócios — com empresas
estrangeiras. Isso sim.
Ainda que as relações comerciais sejam difíceis de
mensurar, qual sua percepção da relação entre
empreendedores de Brasil e Israel?
Percebemos que o perfil está diferente. Saiu um pouco
do radar o cara que vinha e falava “ah, identifique uma
empresa porque eu quero comprar soja” e entrou o cara
que fala, “olha, eu tenho uma fábrica e preciso de
tecnologia para balanças”.
É inevitável comparar a gestão do combate à pandemia
por Israel, exemplar, e pelo Brasil, catastrófica. O que
explica isso?
Bem, preciso separar um pouco a posição da Câmara e
a minha nesse tema. É preciso entender que em Israel
as pessoas nascem com uma mentalidade preventiva. É
cultural. Em outros momentos de tensão, quando vinha
a determinação governamental de um lockdown, ficava
todo mundo em casa. Eles fizeram isso milhares de
vezes. Israel conquistou essa postura desde lá atrás.
Recentemente foi divulgado que vacinas para combater
a Covid-19 doadas pela Rússia para palestinos foi
barrada pelo governo de Israel. Isso não prejudica uma
imagem tão positiva?
Vou responder da seguinte maneira. Relações
comerciais nascem e prosperam não pelo negócio em
si, mas por uma palavra: confiança. Eu penso que hoje
Israel mais construiu essa confiança do que não. E é
irreversível cada vez mais fazer negócios com Israel.
E o que levou a essa vantagem competitiva?
Trata-se de um país jovem que incentivou uma coisa: a
educação. Não há coisa mais importante. Depois vem a
ciência. Depois, os negócios. Mas por trás de tudo está
a educação. Por isso ninguém no mundo sai de casa
sem usar tecnologia israelense.
Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 3 -
Reforma Tributária