Newsletter Banco Central (2021-03-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Revista RI/Rio de Janeiro - Orquestra Societária
quarta-feira, 10 de março de 2021
Banco Central - Perfil 1 - CMN

Petrobras sempre está sob as luzes da ribalta
corporativa.


O retorno das ações da Petrobras
Voltando ao assunto central deste artigo, as perdas
bilionárias que a Petrobrás vem sofrendo, com foco no
governo Jair Bolsonaro, apresentamos aqui dois
gráficos do retorno de ações da Companhia,
comparados com os retornos do IBOVESPA e do IBRX-
100, considerando o período de 1995 a 24/02/21.


São pontos de grande atenção, relativamente aos
gráficos sub judice, abaixo dos quais se apresentam
alguns números decorrentes da análise aqui
apresentada:



  1. Os dois gráficos apresentam, respectivamente, os
    retornos acumulados de ações ordinárias (PETR3) e
    preferenciais (PETR4).

  2. Ambos os gráficos refletem valorizações expressivas
    dos preços em todo o período focalizado, tanto para
    ações ordinárias quanto preferenciais. Ao mesmo
    tempo, houve desvalorizações também substanciais.

  3. O retorno total do período poderia ter sido muito
    maior, sem as desvalorizações citadas.

  4. O retorno das ações foi significativamente superior ao
    dos índices IBOVESPA e IBRX, tanto considerando as
    ações ordinárias quanto preferenciais.

  5. O retorno das ações ordinárias foi superior àquele
    das ações preferenciais.

  6. Durante o período focalizado, naturalmente
    ocorreram fatos positivos (+) e negativos (-), os quais
    impactaram fortemente o retorno das ações.


Constatam-se:
(+) O retorno das ações foi significativamente superior,
comparado ao do IBOVESPA e ao do IBRX-100;
respectivamente,121% e 125%.
(+) O retorno real acumulado, durante os 27 anos em
análise, foi de 952,79%, considerando a inflação
acumulada do IPCA (até 29/01/21) de 448,43% (média


de 9,1% a.a. de retorno real).

Utilizando o IGP-M, como índice inflacionário, que
variou 814,98% no período, o retorno seria de 531,04%;
ainda assim, relevante (média de 7% a.a. de retorno
livre, contemplando anos de maxidesvalorização do
real, crise do subprime e variações relevantes do preço
dos barris de petróleo, sem contar o volume de
investimentos realizados para exploração do pré-sal).

(+) O pico de retorno acumulado em 2007 foi de
3.648,70%, ano em que foi desencadeada a crise do
subprime.
(-) A maior queda de retorno acumulado das ações (-
88%) ocorreu em 2015, comparado ao pico citado no
item anterior (de 3.468,70% para 353,87%).
(-) Dos 27 períodos anuais estudados, 13 (48%)
apresentaram perdas com variações negativas de - 3%
a - 60%, perfazendo um total acumulado de -99%.
(+) Os 14 anos, que variaram positivamente entre 7% a
412%, resultaram em um retorno acumulado de
98.365%.

Constatam-se:
(+) O retorno das ações preferenciais foi
significativamente maior em relação aos do IBOVESPA
e do IBRX-100; respectivamente, 68% e 71%.
(-) A valorização das ações preferenciais foi inferior à
das ações ordinárias.
(+ e -) O retorno acumulado variou significativamente,
de -36,79% a 701,23%.
(+) O pico do retorno acumulado seguiu o mesmo
comportamento das ações ordinárias e ocorreu em 2007
(1.996,63%).
(-) A maior queda acumulada das ações preferenciais
repetiu a movimentação das ações ordinárias (-88%), e
ocorreu em 2015, considerando o pico citado no gráfico
anterior (de 1.996,63% para 153,46%).
Visando incrementar esta análise, apresentamos
também um gráfico associado aos retornos gerados
durante cada um dos governos do Brasil no período em
questão.
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