40
ANDEBOL
Felipe Santaela é
um pivô de 21 anos
que tem jogado
maioritariamente
na equipa B, mas
que promete ser
em breve uma
mais-valia no plantel
principal: não há
muitos esquerdinos
na sua posição com
2,05 metros e tantos
recursos técnicos.
É internacional
brasileiro e já
tinha treinado com
os Dragões na
pré-época. Voltou em
definitivo a Portugal
em novembro,
para triunfar.
A alcunha de Panda já começa a colar-se,
em Portugal, a Felipe Santaela. O reforço
brasileiro, que participou na pré-temporada
portista e que regressou a Portugal em
novembro, para se integrar definitivamente
no plantel, até “estranhava” chamarem-
lhe Felipe nos treinos. “Há gente que me
conhece como Panda mas nem sabe o
meu nome. Aqui ainda está a pegar”,
brinca o pivô de 2,05 metros e 115 quilos.
Estes dados já permitem adivinhar a
origem do apelido. “Sempre fui muito
grande e tinha cara de criança, então
diziam que eu parecia um panda.
Isso acontece desde os meus dez
ou 11 anos, na escola”, recorda à
DRAGÕES o atleta, que se estreou
oficialmente na formação
principal a 10 de dezembro,
frente à SIR 1.º de Maio, em
encontro da Taça de Portugal.
Santaela está a meio do difícil
processo de transição entre o
andebol brasileiro e europeu:
apesar dos grandes avanços que
a modalidade tem tido do outro
lado do Atlântico, as diferenças
ainda são gritantes. “Estive dois meses
aqui a treinar antes de voltar ao Brasil para
as finais do Campeonato paulista. O ritmo é
bastante diferente, os treinos são muito mais
intensos. No início senti isso um pouco e a
parte física faz a diferença, mas rapidamente
me adaptei”, admite. O regresso temporário
ao Brasil, entre setembro e novembro, ficou
TEXTO: JOÃO PEDRO BARROS
FOTOS: ADOPTARFAMA
PANDA
gigante
FELIPE SANTAELA