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1. INTRODUÇÃO
As organizações têm vindo a desenvolver estratégias que permitam tornar os seus
colaboradores mais satisfeitos e incentivem a sua lealdade. Políticas de utilização
restritiva dos recursos tecnológicos afetam negativamente a organização, criando uma
atmosfera de desconfiança dos colaboradores para com a administração [1]. Se a
organização tenta desenvolver e transformar a sua informação numa vantagem
competitiva, é imprescindível que exista um ambiente de lealdade. A atitude de
bloqueio, pode ser vista pelos colaboradores como um sinal de desconfiança, que pode
fazer com que a força de trabalho se torne menos eficiente e haja uma perda do talento
organizacional [2]. No entanto, violações de privacidade dos dados de clientes e de
colaboradores, têm resultado em ações judiciais e disputas que terminam em batalhas
legais nos tribunais de trabalho [3].
No entanto, cada vez mais se registam perdas de produtividade causadas por
colaboradores que abusam dos seus privilégios de acesso aos recursos disponibilizados
pelas organizações. Preocupações como a largura de banda que se utiliza
indevidamente, a degradação do desempenho dos sistemas, e o excesso de consumo de
recursos físicos (ex.: consumíveis, papel, etc.), são bastante frequentes nos ambientes
organizacionais [4].
Como os abusos de utilização de recursos têm um grande impacto nas organizações,
é recomendável e aceitável que exista uma política de supervisão dos mesmos.
Assim, as organizações devem ser sensíveis às necessidades dos seus colaboradores
e interpretarem a medição do seu desempenho como uma forma de os desenvolver e de
criar uma vantagem competitiva sustentável. Os empregadores devem diferenciar entre
o que é espionagem e o que é monitoramento legítimo no local de trabalho [1].
É claro que as organizações têm o direito de olhar pelos seus interesses, sendo inútil
argumentar ou esperar que a privacidade prevaleça sobre os direitos de gestão.