versões mais avançadas, esse número sobe para 37
e 45 toneladas, equalizando seu desempenho com o
do Sarn V.) O que assusta é a diferença de preço.
Enquanto o Falcon Heavy foi desenvolvido por US$
500 milhões e seu custo de lançamento unitário é
de R$ 90 milhões, o SLS já custou à Nasa mais de
US$ 10 bilhões, começou a ser desenvolvido antes
e ainda não terminou, e terá cada lançamento com
custo esmado em US$ 1 bilhão.
Qual foi a mágica? Nesse caso, podemos dizer que
realmente foi o olho do dono – Elon Musk. Ele era
só um nerd sul-africano radicado nos EUA até ficar
bilionário ao criar – e vender em 2002 – uma empre-
sinha chamada PayPal, por US$ 1,5 bilhão. E aí o que
ele fez com a grana? Invesu quase do na criação
de uma empresa espacial, a SpaceX. (O que sobrou
ele gastou na fabricante de carros eléicos Tesla.)
Aplicando a culra da revolução da internet e de
engenharia de software, Musk criou um plano para
desenvolver seus foguetes, começando pelo Falcon 1,
um lançador de pequeno porte capaz de colocar umas
poucas centenas de quilos em órbita terrese baixa.
Mas sua função principal era desenvolver o motor que
impulsionaria um veículo maior, o Falcon 9. Os ês
primeiros voos do Falcon 1, em 2006, 2007 e 2008,
fracassaram. Àquela alra, Musk só nha dinheiro
para mais um voo. Mas no quarto, em setembro de
2008, funcionou. E aí a SpaceX conseguiu um con-
ato com a Nasa para ansportar carga até a Estação
Espacial Internacional, com o Falcon 9 e uma cápsula
criada para isso, a Dragon. O valor: US$ 1,6 bilhão.
O primeiro voo do Falcon 9 aconteceu em 2010,
deu certo, e desde então a SpaceX já realizou mais
de 70 lançamentos, com uma falha total, uma falha
parcial e uma explosão feia na plataforma, dias antes
de um voo. E, se o Falcon 9 é um derivado do Falcon
1, o Falcon Heavy é um derivado do Falcon 9.
Com essa família de lançadores, a SpaceX rapida-
mente se tornou uma campeã no mercado comercial
de lançamento de satélites, cobrando um quarto do
que a concorrência pelo mesmo serviço. Mas os rivais
iam começar a arrancar os cabelos mesmo a parr
de 2015, quando a empresa começou a tentar pousar
suavemente o primeiro estágio dos dois que tem o
Falcon 9 (o equivalente a 90% do custo do veículo)
após o uso. O primeiro sucesso veio em dezembro
daquele ano, abrindo caminho para reulização – o
santo graal da exploração espacial, já que os foguetes
eram o único meio de ansporte que (até então) só
servia para uma única viagem para depois ser des-
cartado. (Os ônibus espaciais tentaram mudar isso,
mas adicionaram tanta complexidade que ficou mais
caro do que se fossem descartáveis.)
Nesse mesmo espírito, o Falcon Heavy também
é capaz de pousar seus propulsores (essencialmente
Primeiro
lançamento do
Falcon Heavy,
realizado na
tradicional
plataforma 39A,
na Flórida.
SE A SPACEX
QUISESSE
LANÇAR EM
2019 UMA
CÁPSULA
TRIPULADA
NUM VOO
AO REDOR
DA LUA, ELA
JÁ TERIA
TODOS OS
ELEMENTOS
NECESSÁRIOS.
DOSSIÊ SUPER 61
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