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Dona Detinha leva Severiana pra beira do mar, coloca a menina

acocorada.

DONA DETINHA: Força, Severiana. Respira e empurra pra fora.

Vamo, menina. Não tem ciência, respira e empurra.

SEVERIANA: Ai, ai, minha Nossa Senhora das Candeias, minha

mãe Yemanjá. Eu vou morrer.

DONA DETINHA: Morre nada. Pense que tá com dor de barriga.

Faça força, Severiana.

Severiana dá à luz. É uma menina.

DONA DETINHA: Odô! Odoyá! Modupe, minha rainha.

Yemanjá gba mi o!

Janaína chegou.

Dona Detinha mergulha a menina no mar.

DONA DETINHA: Janaína chegou.

Helena chega com Jão, que carrega a prima pra casa enquanto

Helena enrola o bebê e volta com dona Detinha.

O tempo muda. Começa a chover e ventar.

Uma tempestade surge no horizonte.

CENA 40 ∙ QUARTO DE SEVERIANA ∙ INT ∙ NOITE

Severiana está deitada no quarto com a filha sozinha.

SEVERIANA: Yemanjá vai levar você, monstro. Yemanjá vai levar

você, monstro, Yemanjá vai levar você, monstro dos infernos.

Yemanjá vai levar você, monstro. Yemanjá vai levar você, monstro.

Yemanjá vai levar você, monstro dos infernos.

Severiana acende uma vela para Nossa Senhora das Candeias e volta

a deitar. Ela liga o radinho de pilha, que toca uma música estrangeira:

“Cry Me a River”.