DIARREIA
Também conhecida como diarreia
do corredor. É aquela necessidade
urgente de evacuar com
frequência, ocorrendo juntamente
com gases, distensão abdominal
e cólicas. Você se identificou?
Não precisa ficar vermelha: esse
sintoma gastrointestinal vai
atormentar de 20% a 50% dos
corredores em alguma competição
de 10 km, segundo estudos.
Embora a causa exata seja
desconhecida, especialistas
acreditam que o estresse das
corridas de longa distância
(geralmente, qualquer coisa acima
de 9,5 km) possa provocar diarreia
em pessoas que já têm síndrome
do intestino irritável ou uma
certa intolerância a alimentos,
como explica Felice. Outros
suspeitos: o balançar do intestino
(devido ao movimento de subida
e descida da corrida), nervosismo
pré-competição, desidratação
e flutuações hormonais –
principalmente em corredoras
gestantes.
SOLUÇÃO É uma pena, mas
não há muitas maneiras imediatas
de tratar esse problema além de
simplesmente ir ao banheiro (dica
de profissional: leve um pouco de
papel higiênico para situações de
emergência se você costuma ficar
com o intestino solto enquanto
corre). Entretanto a prevenção
é possível. Mapeie sua rota com
antecedência para garantir que
você passe por pontos de parada.
E, assim como ocorre com a maioria
dos problemas relacionados
ao trato gastrointestinal, veja
bem o que come e bebe. Limite
o consumo de alimentos que
aumentam a chance de ter diarreia
(como laticínios), bem como
adoçantes artificiais e lanches ricos
em fibra, conforme orienta Felice.
É nesses casos que a frase “sinta queimar”
assume um significado totalmente diferente,
já que uma das causas dessa experiência
desconfortável é a musculação. A lógica é
bem simples: levantar peso (ou, na verdade,
fazer qualquer atividade extenuante que
envolva o core) pode aumentar a pressão
abdominal e, assim, a força sobre o
estômago, o que permite que o ácido volte.
Como o conteúdo pode se movimentar de
forma bidirecional pelo esfíncter esofágico
inferior, que é a válvula que fica entre o
estômago e o esôfago, é mais provável que o
suco gástrico suba, como explica Nicole.
SOLUÇÃO Evite se alimentar duas a três
horas antes do treino, para que seu estômago
tenha tempo suficiente para esvaziar. Como
alimentos ricos em gordura levam mais
tempo para serem digeridos, seguido de
pratos ricos em proteínas, os profissionais
recomendam evitar, por exemplo, comer
carne mesmo algumas horas antes do treino.
Em vez disso, opte por líquidos ou
carboidratos. Se a azia estiver incomodando
sua rotina, tente opções menos intensas,
como alongamento, ou tome um antiácido
para um rápido alívio. Procure seu médico
se precisar fazer isso com frequência. •
DEPOIS
ESTÔMAGO VAZIO
Comer ou não comer antes de treinar? Mas não há uma resposta certa, pois isso depende de fatores pessoais:
seu treino e seu corpo. Se você segue uma dieta equilibrada e não costuma ter hipoglicemia, não deve haver
riscos em tentar fazer um treino em jejum, segundo Samantha (explicação: fazer exercício sem ter comido mui-
to pode te livrar dos problemas gastrointestinais, porque seu estômago não estará ocupado com a digestão).
Comece com um treino leve, já que é provável que você sinta mais fraqueza que o habitual enquanto sua glice-
mia vai caindo. E observe como se sente. Não está com tontura? Siga! Mas é obrigatório se manter hidratada.
AZIA
Aumente
a temperatura
no treino,
não no seu
intestino!
SAÚDE
Julho 2019 / WOMEN’S HEALTH 45
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