homem medonho que, de
repente, apareceu no
caíque que o assustou,
que bateu nele com o
remo, que o deixou
sozinho no meio do rio.
Era o mesmo que agora
fazia um forno pra assar
pão em sua casa.
Mas também se deu conta
de que aquele homem
que estava fazendo o
forno tinha um nome e
não podia ser confundido
com o do sonho, que não
tinha nome. Carlos lhe
parecia simpático e
bondoso, diferente do
remador. Ainda com
algumas dúvidas, mas com
esta certeza, decidiu
retornar.
Quando Carlos o viu, falou:
- Não te vi mais...
Anastácio baixou a cabeça
e, depois de uns
segundos, respondeu:
- Me deu uma baita dor de
barriga, então corri lá pra
‘casinha’... - Ah, tá bom. Então vem
aqui, mexe este barro.
Anastácio pegou a
enxada e se pôs a mexer o
barro. Carlos observou-o
trabalhando e comentou: - Eu faço fornos de barro
pra assar pão há bastante
tempo. Todos os que
existem na região fui eu
que fiz. E só hoje, aqui, eu
tenho um ajudante. E, pelo
jeito, trabalha bem.
Depois de um tempo de
trabalho silencioso, voltou
a falar: - Está bom assim. Agora,
enche de barro este balde
velho. Vou fazer mais uma
fila de tijolos.
Trabalhava concentrado e
em silêncio. Num dado
momento, parou, olhou a
obra que fazia, depois as
mãos.