descubram ou saqueiem. Minha alegria nunca esteve
nisso. O máximo que fiz foi usá-los como meios para
apressar o meu ofício. Portanto, não vejo... – Agora,
porém, era a voz do ex-colonizador que se sobrepunha:
- Não me referia ao ouro, à prata ou às pedras
preciosas. - Não?
- Não. Falava daquilo a que sempre almejaram os
seres humanos: A imortalidade! - Imortalidade...?
- Sim. Referia-me à tão perseguida Fonte da
Juventude.
Os olhos da morte brilharam. Mas com um fulgor que
em tudo diferia do êxtase proporcionado pelas
hecatombes. Reluzia-se, na verdade, um filete de
esperança.
- Mas ela não é uma lenda? um sonho?...
- Fosse mito ou quimera, e por que vossos
inimigos...? – e a morte o cortava de novo: - Ah! sempre soube que quando a esmola é demais...
- Mas Ponce de León insistiu, dramatizando de acordo
com o planejado: - E por que a peste , a guerra e a fome teriam tido o
trabalho de descer ao Mundo Inferior, e, com a anuência
de Hades, o de proporcionar a mim, pobre réprobo, a