“O que fazemos só faz
sentido se for
contribuir com o
nosso aperfeiçoamento
como seres humanos
e com o
desenvolvimento
coletivo.”
em prática seu ideal.
Hoje ele ensina à comunidade a
prática da agricultura urbana, revi-
taliza hortas educativas em escolas,
onde os alunos passam a entender
a origem do alimento que chega às
suas mesas e aprendem a valorizar o
que consomem, com prioridade para
opções mais saudáveis.
“O projeto acompanha uma
tendência que é a de reconectar o ser
humano com a natureza”, pontua
Gustavo.
Ele também transforma terrenos
utilizados apenas como depósitos de
resíduos em hortas comunitárias.
Em locais como Centro de Aten-
ção Psicossocial (CAPS) de Lucélia, a
horta colabora com aspectos terapêu-
ticos como a socialização e o trabalho
de coordenação motora. Os
pacientes também levam a
produção excedente para
suas casas.
E como ali ainda há
uma área propícia para
o desenvolvimento de
uma composteira comu-
nitária, mais um braço
do projeto foi ativado.
Esse sistema transforma
resíduos orgânicos em
adubo rico em nutrien-
tes, indispensável para a
manutenção das hortas.
Para o profissional,
toda essa atividade esti-
mula as pessoas a utili-
zarem os ambientes em
suas casas e apartamen-
tos para se reconectarem
com a natureza.
Algo evidente no
projeto de Gustavo é que,
além de comprovada-
mente possível e acessí-
vel, pode ser reproduzido
tranquilamente em outras cidades
e instituições variadas.FUTURO
Cursando o 3º ano de Ciências
Biológicas, Gustavo conta que
pretende, em breve, embarcar na
‘Kombi Glória Betina’, sua casa,
escritório e lojinha ambulante,
com a namorada, para oferecer seu
projeto para outras prefeituras,
escolas e instituições em geral.
A ideia é estender o combate à
miséria, desigualdade e degradação.
“Na vida o que fazemos só tem
sentido se de alguma maneira
contribuir com o nosso aperfei-
çoamento como seres humanos e
com o desenvolvimento coletivo”,
finaliza.
E com essa fala, uma reflexão.
E nós, o que temos feito por nosso
planeta?ABRIL 2021 | REVISTAVOX.COM 27