E: Estava escrito que eu teria um derrame e ficaria paralisada?
A: Claro! Tudo isso faz parte do funcionamento da consciência e,
no teu caso foi assim, como em outras pessoas será de outra
forma e abandonam seus corpos na infância, ou no nascimento...
As possibilidades são infinitas.
E: Então se eu vou ou não vou voltar a andar também está
escrito?
A: Suponho que sim.
E: E agora não posso saber, é claro.
A: Não, porque é futuro para você.
E: Eu só posso descobrir, não?
A: Você pode descobrir quando chegar o momento, quando esse
futuro se converter em presente, então é quando você descobre.
E: Para mim, é muito difícil de entender tudo isso: o filme, o
carretel do filme. Antes falávamos que ninguém escrevia o
carretel...
A: Não, não há autor, exceto o funcionamento da consciência, mas
isso não é um “alguém”, não é um indivíduo.
E: Também te perguntei qual era a finalidade disso.
A: Finalidade, nenhuma. Passar o tempo, puro entretenimento.
E: Mas você tinha me dito que é porque a consciência busca a si
mesma.