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Revista Carta Capital/Nacional - Colunistas
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
nossa arbitragem e elogia as da Alemanha e Inglaterra.
E não vou negar que me chama atenção a precisão das
marcações dos europeus, notadamente dos
bandeirinhas, mesmo em situações difíceis. O aspecto
técnico é, de fato, bastante falho por aqui. E não é
possível falar nisso sem mencionar a falta de
independência dos juízes.
Assim como os jogadores querem ir para a Copa do
Mundo, os juízes também sonham em pertencer aos
quadros da Federação Internacional de Futebol (Fifa),
algo que acontece por aqui apenas por indicação da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O resultado
disso é que os árbitros sabem que, se não fizerem o
jogo da direção da CBF, podem ir para a “geladeira”.
No meio disso tudo temos o VAR, que complicou ainda
mais a situação. Nesse ponto, concordo com o PVC: só
a profissionalização independente pode melhorar a
qualidade das decisões. Mas é justamente nesse ponto
que a coisa pega. O que acontece em campo reflete
uma questão estrutural mais profunda da nossa
sociedade: desconfiamos rigorosamente de tudo, nada
é claro.
Enquanto isso, no Campeonato Brasileiro o “Galo”
mineiro vai cozinhando os adversários. A distância
aberta é tão grande que mal dá para considerá-los
concorrentes ainda. E a Série B também segue
animada. Nesta semana, o Botafogo assumiu a
liderança. Depois de uma vitória angustiante em casa
contra o Confiança, de Aracaju, que está na rabeira da
tabela, venceu o Vasco da Gama, em São Januário,
com atuação impecável.
O poderoso clube da Cruz de Malta entrou para o tudo
ou nada e, desestabilizado pela má posição na tabela,
perdeu um jogador expulso e acabou goleado por 4 a 0
num jogo atípico e também angustiante – ao menos
para mim, que admiro o time da Colina.
O Botafogo, por sua vez, comprova o ditado “quando a
cabeça não pensa, o corpo padece”. O clube da Estrela
Solitária, por suas características, vai bem quando
trabalha com inteligência. Isso é assim desde os tempos
em que perdeu, quase ao mesmo tempo, Didi, Nilton
Santos, Garrincha e outros ícones e preparou a geração
de Jairzinho, Roberto e Zé Carlos, reforçada por Manga,
Leônidas e Gerson. A esses se juntaria ainda a nossa
turma, com Cao, Rogério, Humberto, Nei Conceição,
Carlos Roberto, Zequinha e Paulo Cesar, apenas para
citar alguns companheiros.
E já que falei de companheiros, não posso deixar de
registrar a partida, esta semana, de Sicupira, aos 77
anos. Sicupira foi o maior goleador da história do
Athletico Paranaense e seus gols espetaculares fizeram
a alegria de muitos torcedores, não só do Furacão, mas
também de outros clubes.
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
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