Prato Sujo - Como a indústria manipula os alimentos para viciar você! ( PDFDrive )

(Ruy Abreu) #1
de  forma   sustentável.


  1. DEMORAM PARA FICAR PRONTOS
    Bichos que não tomam antibióticos crescem mais devagar – ou melhor,
    no tempo deles. Vegetais cultivados sem adubo químico, nem
    agrotóxicos, nem sementes geneticamente modificadas para se
    tornarem resistentes a pragas também demoram mais para ficar no
    ponto. Se comparada à produção convencional, a orgânica pode chegar
    a ser 40% menor.

  2. SÃO PRODUZIDOS EM MENOR ESCALA
    Se um fa zendeiro só cultiva milho, trigo e soja, tem ao fim das
    colheitas uma enorme quantidade desses produtos e pode vender para
    grandes compradores por bons preços. Quem planta orgânicos tem
    bem menos a oferecer e não consegue baixar tanto os valores sem
    tomar um prejuízo enorme.

  3. TÊM MAIS CUSTOS EMBUTIDOS
    Fazendeiros orgânicos arcam com o custo da certificação e da
    produção socialmente responsável, que deveria ser modelo para a
    tradicional, com trabalhadores com carteira assinada e legalização da
    propriedade segundo normas de preservação ambiental. Fora que a
    ração usada para alimentar os frangos ou complementar a comida de
    bois, vacas ou porcos deve ser orgânica – e isso pode custar o dobro.

  4. SOBREVIVEM EM UM MERCADO PEQUENO
    Não tem muita gente comprando orgânicos. Só 1,8% das indústrias no
    Brasil manuseiam, embalam, processam ou fabricam produtos usando
    esse tipo de alimento. Na Holanda, são 36%.

  5. ESTÃO NA MODA
    Como orgânicos são mais caros, não é todo mundo que consegue
    comprar. Isso leva a um efeito Ferrari: quem tem pode mais e não se
    importa em pagar o dobro – mesmo que esse dobro vá para o bolso de
    quem vende, e não de quem produz.


DA MONOCULTURA DE CAFÉ À HORTA


ORGÂNICA


Quem me recebeu primeiro quando cheguei à fazenda São José, em Santo
Antonio de Posse, São Paulo, foram a boxer Maia e a labradora Brida. A fazenda

Free download pdf