Tabela 3.2 - Recomendações de Auditorias Energéticas
Prioridade Projeto Operação Manutenção
Alta
Devem estar forte-
mente justificadas
De aplicação ime-
diata, recursos dis-
poníveis ou apenas
treinamento
De aplicação ime-
diata, recursos dis-
poníveis ou apenas
treinamento
Média
Geralmente menos
interessantes, pelos
recursos necessá-
rios ou pelo benefí-
cio esperado
Envolvem maiores
mudanças de pro-
cessos
Envolvem geral-
mente investimen-
tos em sistemas ou
instrumentação
3.4. Comentários e Sofismas Finais
No presente estado de desenvolvimento tecnológico do Brasil e, conside-
rando nossa configuração de preços e disponibilidades energéticas, o uso mais
eficiente da energia elétrica e dos combustíveis é possível e oportuno. E onde es-
tão as dificuldades? Não restam dúvidas de que as dificuldades para uma maior
difusão das auditorias energéticas são essencialmente de ordem cultural e não
tecnológica. Muitas empresas não fazem um acompanhamento sistemático de
seu consumo energético porque isto é considerado irrelevante, porque não pos-
sui pessoal capacitado, porque sua administração não alcança a dimensão desta
problemática e nem sabe como resolvê-la. É aí, portanto, que se deve atuar para
efetivamente promover o uso racional de energia, esclarecendo, difundindo e
provocando as atividades pioneiras e reprodutoras em auditagem energética.
Seguramente, o sucesso das iniciativas bem conduzidas leva outros a buscar
trilhar os mesmos caminhos.
Neste sentido, como grandes obstáculos a vencer durante a implanta-
ção de uma consciência favorável ao uso racional de energia, existem três falá-
cias, explícitas ou não, que cumpre desarmar. De livre interpretação do autor,
as ideias comentadas a seguir foram tomadas de uma palestra de Antônio Pagy,
um saudoso pioneiro na difusão do uso racional de energia no Brasil.
Falácia 1: Já nos preocupamos com a eficiência energética, já somos
eficientes...
Não é raro ouvir, quando se aborda o assunto eficiência energética ou
conservação de energia com um empresário, especialmente de médias e grandes
empresas, que ele já se preocupa com isso, afinal seu equipamento é de quali-
dade, seu projeto é competente e os anos passados lhe ensinaram a ser parci-