conta o que acontecera. E todas elas ansiavam pela chegada do Natal. Acima de tudo, era
um alívio saber que Marcello partira para sempre e que Candy não iria encontrá-lo em
qualquer lugar. Marlene também se mostrava encantada. Marcello constituía um perigo
para qualquer mulher que ele conhecesse. Contudo, Brad Parker era uma outra história,
muito diferente. E todas elas ficaram entusiasmadas por Annie.
Brad ofereceu-se para ir buscar Annie a casa, mas ela disse-lhe que se encontraria com ele
no restaurante. E Brad tinha toda a razão, as sobremesas deles eram fantásticas. Annie
escolheu uma coisa denominada mochaccino gelado, que era gelado de chocolate, gelo e
café tudo batido em conjunto, com chantilly e raspas de chocolate por cima. Brad preferiu
uma espécie de batido gelado de alperce, que parecia estar uma delícia, além de bem
apresentado, e ambos partilharam uma fatia de tarte de nozes-pecãs.
— Talvez tenha que me empurrar até à porta. Sinto-me como uma bola — disse Annie, ao
recostar-se na cadeira, achando que ia explodir.
Brad descreveu-lhe o restaurante e este pareceu-lhe amoroso e vitoriano, com candeeiros
Tifany, antigas mesas redondas com pernas de ferro forjado e coisas divertidas à venda.
Brad contou-lhe que costumava ir àquele restaurante desde criança com a mãe. Annie já
ouvira falar dele, mas nunca lá estivera.
Conversaram os dois sobre Itália e sobre arte, sobre o tempo que ela passara em Florença
e sobre o tempo que ele passara em Roma. Brad ainda falava um pouco de italiano, e
Annie disse que o seu estava a começar a enferrujar. Falaram brevemente sobre a escola e
as esperanças que ele depositava nela devido ao seu crescimento. Estava com esperança
de abrir mais escolas como esta noutras cidades. Annie admitiu com relutância que, até ao
momento, a escola fora bastante útil.
— Já aprendi afazer frango — disse Annie, soltando uma gargalhada — e queques
também.
— Espero que possamos ensinar-lhe mais coisas além disso. Porque não se inscreve nas
aulas de escultura? Parece que toda a gente adora. Já pensei em matricular-me também,
mas não sou muito artístico.
— Penso que também já não o sou — respondeu Annie com tristeza.
— Duvido muito. O cérebro possui meios de recompor-se quando é preciso. Talvez
gostasse das aulas. E se não gostar, pode desistir. Tem a minha autorização — disse Brad e
ambos se riram por isso.
Passaram os dois bons momentos juntos e Brad levou-a a casa, caminhando pela Terceira
Avenida, ao mesmo tempo que iam falando sobre uma grande variedade de assuntos.
Era um bom estirão a pé até à casa que Annie partilhava com as irmãs e, de repente,
sentiu que seria indelicada se se despedisse dele apenas na rua. Perguntou-lhe se gostaria
de entrar por um minuto. Annie sabia que Candy e a senhora Shibata estavam em casa.
Brad concordou, mas só por um minuto, pois ainda tinha que fazer umas compras de
Natal nessa tarde. Nesse ano as compras de Natal iam ser um desafio para Annie e ela
estava a pensar pedir ajuda às irmãs.
Brad entrou. A senhora Shibata estava a aspirar a casa com enorme ruído e Candy tinha a
música tão alta que mal se conseguia ouvir alguma coisa. Estava a tocar Prince. As três
cadelas estavam a ladrar, o telefone estava a tocar e Juanita atacou Brad e tentou
morder-lhe o tornozelo, assim que ele entrou a porta principal. Nesse instante, a senhora
carla scalaejcves
(Carla ScalaEjcveS)
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