Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

quatrocentos nomes americanos. O que é, de longe, demasiada coisa para ser
útil. E os destinos de viagem recentes desses nomes incluem uns quarenta países.
O que também é demasiada coisa para ser útil.
Reacher retorquiu:
— Vamos dar sempre à mesma pergunta. Que está o tipo a vender?
Nenhuma resposta.
— Recebemos uma notícia estranha — afirmou Sinclair. — Do nosso pessoal
na Ucrânia. Um típico registo de ocorrências policial. A polícia de Kiev relatou o
aparecimento de um árabe morto numa viela da Baixa. Assassinado com golpes
desferidos na cabeça, provavelmente com um martelo de carpinteiro. Andava na
casa dos vinte e trazia um polo cor-de-rosa com um crocodilo à frente. E foi isso
que nos chamou a atenção. Provavelmente, não é nada. A polícia de Kiev diz que
passou um jogo de futebol na televisão. A equipa local perdeu com a de
Moscovo. Muitos rapazes descontentes nos bares. E um árabe sozinho, com um
polo cor-de-rosa, pode ter sido irresistível.
— Ou?
— É estúpido estarmos a basear-nos no polo. Mas talvez o tipo fosse um
deles. Talvez haja uma guerra civil em curso.
— E isso muda o nosso plano?
— Não, devemos partir do pressuposto de que o mensageiro continua a
caminho. Devemos agir considerando que o segundo encontro continua
iminente. O que precisamos de perceber é se o major e a sargento Neagley
devem continuar em Hamburgo ou voltar para aqui.
— Eles não se vão encontrar em McLean, na Virgínia. Isso é certo. Ao passo
que talvez se encontrem outra vez em Hamburgo. Pelo menos, é uma
possibilidade. Uma pequena hipótese, se calhar, mas pouco é melhor do que
nada, com certeza.
Sinclair ficou calada durante um longo momento. Na linha, apenas se ouviam
o eco e a estática. Foi então que ela disse:
— Okay, mas não se aproximem da casa segura.
— Mesmo que isso implique deixar passar o encontro?

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