Escola da Noite

(Carla ScalaEjcveS) #1

visto. Desde logo por ela.
— Ela é louca por si.
— Damo-nos bem, como amigos e colegas.
Sinclair ficou calada.
Alguém bateu à porta. A própria Neagley, imaginou Reacher, mesmo na hora
H, a controlar se Sinclair não o teria já matado. Ou então Bishop, a controlar se
não a teria matado ele. Abriu a porta, afastando-se para o lado, fora da linha de
fogo.
Muitos anos de treino.
Mas não era Neagley nem Bishop.
Era um jovem americano, com um fato comprado num grande armazém e
uma gravata da Brooks Brothers. Trazia uma bolsa de borracha com fecho.
Parecia ter lá dentro quase um centímetro e meio de papel. Uma coisa desse
tamanho. E dessa grossura.
O rapaz disse:
— Para a doutora Sinclair. Do consulado. O documento solicitado.
Super-rápido.
Podes crer, caraças.
Reacher pegou na bolsa e entregou-a a Sinclair. O rapaz do fato desceu as
escadas. Reacher e Sinclair voltaram para o quarto dela, onde os outros os
aguardavam.


Sinclair abriu a bolsa e Reacher sentiu o cheiro a folhas ainda quentes da
impressora. Calculou que tivesse havido uma enxurrada de telefonemas, seguida
de uma transmissão digital em alta velocidade oriunda de algures, do Comando
do Pessoal, nos Estados Unidos, ou talvez de Estugarda, diretamente para o
consulado em Hamburgo, onde uma máquina de alta velocidade tinha trabalhado
depressa e onde o jovem adido da gravata da Brooks Brothers tinha pegado nas
folhas que iam caindo, juntando-as e guardando-as na bolsa, para apanhar depois
um táxi. O National Security Council. Mais rápido do que a própria sala de

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